72 Horas

Rating

3 out of 5

Até vale o ingresso

Total

3

3 out of 5

Paul Haggis assinou os roteiros dos ótimos Crash – No Limite e Menina de Ouro, em 2004 e 2005, respectivamente. São logo no início de sua carreira cinematográfica, após a estreia em Red Hot. Depois ele caiu, mas manteve boa categoria. Escreveu dois 007 – Quantum of Solace e Cassino Royale -, Cartas de Iwo Jima e A Conquista da Honra. Seu penúltimo roteiro foi de O Exterminador do Futuro: A Salvação, que não vi. E agora roteirizou e dirigiu 72 Horas. Conseguiu fazer um filme mediano, especialmente pela metade final, mantendo a fase que começou com James Bond.

Refilmagem do francês Pour Elle, o drama começa com uma acalorada discussão que serve para mostrar como John e Lara são apaixonados. A cena seguinte é a porrada pelas costas que derruba o casal e os leva a atos desesperados. Acusada de assassinato, Lara é levada pela polícia enquanto John mal consegue conter o desespero de seu filho de três anos. Julgamentos e apelações depois, John faz de tudo para provar a inocência de sua esposa. A esperança de Lara cada vez diminui e ela se torna suicida, John parte, então, para uma atitude desesperada: criar uma forma de tirar sua esposa da prisão.

Russel Crowe, como sempre, manda bem como o protagonista. Elizabeth Banks, que interpreta a esposa, não compromete. O problema é a troca da dramaticidade do início pela correria do último ato (e nem estou levando em conta a falha de achar fácil um cara que é mestre em fugas de cadeias). Pode prender na cadeira quem gosta de ação, mas não é algo que me agradou, pois quebrou todo o clima construído ao longo da obra. Simplesmente tirou todo o suspense para uma sequência de corridas de carros e polícia contra bandido.

Uma pena que um filme que poderia se tornar grande descambe para o comum.

72 Horas / The Next Three Days

Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis
Elenco: Russel Crowe, Elizabeth Banks, Liam Neeson e Olivia Wilde
Ano: 2010
Gênero: Drama