Albert Nobbs
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Albert Nobbs, o filme, é Glenn Close. Não, injustiça. É também Janet McTeer. As duas atrizes interpretam mulheres que, em uma conservadora sociedade irlandesa do século 19, são obrigadas a viver como homens. Indicadas ao Oscar de Atriz e Atriz Coadjuvante, respectivamente, abrilhantam um filme chato.
A história é baseada em um conto do romancista George Moore. Garçom em um hotel, Albert Nobbs é um funcionário perfeito. Dedicado, atencioso e preciosista, é adorado pelos clientes. A firmeza com que encara o trabalho é abalada pela chegada do pintor de paredes Hubert Page, que descobre que Albert é uma mulher travestida de homem. Mas o mais surpreendente é que Hubert é também uma mulher.
A interpretação de Glenn Close é tão boa – melhor que a de Meryl Streep em a Dama de Ferro – que quando ela coloca um vestido o espectador estranha. Fica artificial, como se fosse um homem se vestindo de mulher. Mas não! É uma mulher que finge ser homem!
O problema do filme é que não há um objetivo. É retratado o dia a dia de Albert, sua inocência, sua bondade, sua firmeza de caráter. Mas e aí? É um ótimo personagem sem história.
O filme também foi indicado a Melhor Maquiagem no Oscar 2012. Perdeu tudo. Injustiça com Glenn Close. Já o troféu de Atriz Coadjuvante foi bem entregue a Octavia Spencer, de Histórias Cruzadas. Ela e Janet mandam muito bem, mas ainda fico com a vencedora.
Glenn Close já havia interpretado o personagem no teatro em 1982. Passou 15 anos tentando transformar a história em filme. Além de protagonista, foi uma das produtoras e co-roteirista, com John Banville.
Enfim, é um filme que vale pelas atuações. Só.
Albert Nobbs
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Rodrigo García
Produção: Glenn Close, Bonnie Curtis, Julie Lynn e Alan Moloney
Roteiro: Glenn Close e John Banville
Elenco: Glenn Close, Mia Wasikowska, Aaron Johnson, Janet McTeer, Jonathan Rhys Meyers, Brendan Gleeson e Maria Doyle Kennedy
Gênero: Drama
Ano: 2011
Duração: 113 min.