Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge
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Muitos adjetivos podem descrever Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Pode-se dizer que é um filme empolgante. Também cabe “eletrizante”… ou “épico”. Escolho um, que acredito ser o melhor. É, acima de tudo, tenso (ainda mais em um cinema de qualidade). São 164 minutos se segurando na cadeira, esperando que o horror passe, especialmente nos 60 minutos finais. O espectador sabe que no fim o bem vai vencer. Mas, em uma história de superação, como é difícil!
Capítulo final da trilogia montada por Christopher Nolan, este Batman tem pouco de Batman. O herói aparece bem menos que nos dois iniciais. Bruce Wayne está lá, mas o homem-morcego demora a emergir.
Quem está no foco da história é Bane (como no cartaz ao lado), um brutamontes carismático, que comanda um time de lunáticos travestidos de justiceiros, que o idolatram. Querem, segundo Bane, entregar Gotham City ao povo, mesmo que para isso seja preciso destruir e matar muito. Qualquer ligação com a vida real, de talibãs e afins, não é mera coincidência. Claro que o lado bom dele é fachada. O espectador logo percebe, ele é tão mal que faz quem assiste se contorcer (duvido que alguém fique imóvel na cena final da primeira briga entre Batman e o malfeitor).
O grandalhão Tom Hardy, que já brilhou em Guerreiro, é espetacular como Bane. Mesmo com uma máscara que impede ver sua boca e, conseqüentemente, sua fala, transforma-se no mal em pessoa. Diferentemente do Coringa de Heath Ledger, que buscava atingir Batman mentalmente, ele é força pura. Bate sem dó no herói. Muito, com raiva! Dá pena do morcegão. Mas o bandido é, talvez, humano.
Aliás, continuo com uma opinião. Heath Ledger foi muito bem como Coringa, mas Jack Nicholson é insuperável no Batman de 1989. E a atuação de Hardy supera, sim, a de Ledger. Mérito para o diretor Nolan.
O elenco todo vai bem em O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Christian Bale cumpre seu papel com competência. Michael Cane volta a brilhar na pele do mordomo Alfred, protagonizando, no mínimo, duas sequências belíssimas. Gary Olman – o comissário Gordon – é quieto e arrebatador. Marion Cotilard, linda e correta, em um papel, até certo ponto, menor. Anne Hathaway capricha à sombra da Mulher Gato de Michelle Pfeiffer, mas “sobrevive”. Morgan Freeman… precisa dizer? Sempre ótimo. E Joseph Gordon-Levitt: mais uma vez um talento, a luz em meio às trevas.
A história agora se passa em uma Gotham City pacificada, que não precisa mais do Batman. A situação faz com que Bruce Wayne se torne um homem recluso. Estamos 8 anos à frente da batalha com Coringa e Duas Caras. Mas Bane aparece. É o suficiente para que a cidade precise de (muita) ajuda.
Claro, há mais, bem mais, mas não quero entregar o filme de alguém. Até o fim as surpresas aparecem uma atrás da outra. O mais experiente fã de Batman, tenho certeza, deve adivinhar várias. Mas isso faz bem para a história.
Christian Bale impôs uma condição para reviver Bruce Wayne/Batman: a inexistência do personagem Robin na trama. A proposta foi aceita porque o diretor Nolan concordou que a presença do menino-prodígio tiraria o desejado tom sombrio. Acerto de Nolan – veja até o fim e você vai entender que ele acertou muito! Ele está cacifado pela crítica como o criador da maior trilogia de super-heróis da história, em uma missão difícil, após cinco filmes de seu personagem. Pode ser exagero (será?). Mas quanto mérito ele tem!
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é o oitavo filme de Batman com atores. Os demais foram Batman, o Homem-Morcego (1966), Batman (1989), Batman – O Retorno (1992), Batman Eternamente (1995), Batman e Robin (1997), Batman Begins (2005) e Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008). É o melhor deles? Cada um tem seu gosto. Para mim, disputa firme com Batman (1989) e Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008).
Os três são para parar tudo e ver!
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge / Batman – The Dark Knight Rises
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!
Ficha técnica:
Ano: 2012
Duração: 164 min.
Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Gary Oldman, Tom Hardy, Michael Cane, Marion Cotilard, Anne Hathaway, Morgan Freeman e Joseph Gordon-Levitt
Roteiro: Christopher Nolan, Jonathan Nolan e David S. Goyer
Gênero: Ação
Putz, fui pilhado pra ver o filme… E aí o desgraçado do Nolan conta o final do filme com 15 minutos de projeção!!! Novidade, auto-spoiler. Daí foi apenas um jogo de espera e ticar o checklist do que eu já esperava.
Uma cena me tirou todo o prazer de ver esse filme.
Putz, sou DC de carteirinha, mas Vingadores limpou o chão com esse daí!
Dani, é uma beleza mesmo, não? Sobre os clichês, sabe que até achei poucos. Mas imagino que é porque já vou pra um filme de super-herois esperando por isso. E até gosto, viu? rs
Flavinha, já dá pra notar que temos o mesmo gosto por filmes. E olha que eu não ia ao cinema faz tempo!
Escreve sobre outro mesmo. Concordamos sobre Ledger. Acho que é superestimado. Foi muito bom, mas não considero uma atuação inesquecível. Ainda nao sei se gostei mais do anterior ou desse. Hoje estou mais pra esse, mas pode ser por causa que é recente.
Hummmm. Não deve vir próximo, mas sou fã do ator que recebe a "deixa" no final.
George, baita filme mesmo. Sobre a comparação com o de 1989, talvez você tenha razão. Já nao vejo o filme há anos. Mas são estilos diferentes, épocas diferentes.
Sobre Nicholson e Ledger, aponto porque gosto mais do primeiro. Começa aí: ele "inventou" Coringa. O dele é muito insano também, e feito há 23 anos. Agora eu que pergunto. Se Nicholson tivesse morrido nas filmagens, não teria uma estátua como Coringa?
Vou além: gosto mais do Tom Hardy que do Ledger, que, repito, foi muito bem.
Danilo,
Você acha que é mentira, mas eu realmente vim aqui para postar sobre esse filme e você já o tinha feito! haha…
Enfim, concordo com o que disse. O filme é incrível! Ouvi muita gente dizendo que o anterior ainda é melhor, mas discordo. Acho que foi criado um mito em torno do Coringa do Heath Ledger.
Fechou com chave de ouro a trilogia. Só espero que não caiam na besteira de tentar continuar, com aquela "deixa" do final.
Ah, vou arrumar outro filme pra postar… haha
Bjs
Confesso que o Batman não está na lista dos meus heróis preferidos… apenas uma questão de identificação. No entanto, fui assistir a esse Batman com dois amigos super fãs, e eis que me abstive do mundo por quase 3 horas. Portanto, um baita filme. Mas se eu puder fazer uma crítica: acho que caberiam menos clichês, ou clichês mais disfarçados, principalmente no desfecho do filme.
Concordo com o que diz sobre o encerramento com chave de ouro desta trilogia.
Mas me espanto ao ver ele comparado com o de 89… acho que o filme lhe marcou a infância/adolescência, por isso ainda o considera um bom filme.
Tom Hardy está ótimo no filme, mas a insanidade de Ledger no anterior (e perante todos os outros filmes) creio que seja insuperável.
mas é um baita filme e é capaz de me fazer revê-lo no cinema…