Bem-Vindo a Marly-Gomont

Bem-Vindo a Marly-Gomont

Rating

2 out of 5
ESPERE A SESSÃO DA TARDE

Total

2
2 out of 5

bem_vindo_a_marly_gomont

Este é um filme leve. Daqueles franceses que agradam por mostrar uma vida tranquila no interior do país, geralmente com uma família que se muda da cidade grande ou de um outro país e aí precisa de adaptar às características locais. Bem-Vindo a Marly-Gomont é isso, mas com o adendo do preconceito racial.

O ano é 1973. Seyolo Zantoko (Marc Zinga) é um médico recém-formado em universidade francesa, originalmente vindo do Zaire. Para obter a cidadania francesa, aposta em ser médico em um vilarejo pacato no interior francês – Marly-Gomont. Leva a esposa e os dois filhos pequenos a tiracolo. Mas a cidade é preconceituosa.

Mesmo com o tema, o filme é leve. E este é um erro. Trata o racismo como se fosse apenas mais uma característica local, entre outras como a bebedeira no bar local, a disputa política pelo poder e a vida boa no campo. E dá ao protagonista a responsabilidade por mudar a situação, como se ele precisa fazer os locais se “acostumarem” a ter quatro negros na cidade. Romantiza o preconceito, um equívoco.

Além disso, tudo é muito caricato. A família de Seyolo, que sai do Zaire para visita-lo na França como se morasse em uma cidade vizinha, chega sempre fazendo barulho, dançando, cantando. O oposto ao silêncio francês. E a caipirice dos locais é demasiada também.

O que dizer da filha de Seyolo, que joga mais que o Pelé e, por isso, vira centroavante do time masculino da cidade?

Baseado em história real, o filme até vale o ingresso para quem quer relaxar em frente ao televisor. Mas é um típico Sessão da Tarde.

 

Bem-Vindo a Marly-Gomont /  Bienvenue à Marly-Gomont

CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE

Ficha técnica:

Ano: 2016

Duração: 96 min.

Direção: Julien Rambaldi

Elenco: Marc Zinga, Aïssa Maïga, Bayron Lebli, Médina Diarra, Rufus, Jonathan Lambert, Jean-Michel Balthazar e Stéphane Bissot

Gênero: Drama

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 14 maio, 2020, 09:55

    Obrigado pelo comentário, Val.

  2. Val
    Val 13 maio, 2020, 20:07

    o filme é ótimo, traz consciência crítica de como é difícil as pessoas aceitarem as diferenças, principalmente sobre a cor da pele, bem emocionante, mostra claramente a influência cultural sobre as crenças que temos ou deixamos de ter, e o quanto é enriquecedor quando as diferenças se unem e formam uma fraternidade

Escreva um Comentário

Seu endereço de e-mail não será divulgado.
Campos obrigatórios*