Branca como a Neve
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O título de Branca como a Neve entrega que há ligação com o clássico dos irmãos Grimm e que Walt Disney consagrou na primeira animação longa-metragem da história. Porém, o que se vê em cena é uma indecisão. A diretora Anne Fontaine, que em Agnus Dei entrega um trabalho muito melhor, se perde na dúvida entre a fábula e realidade.
A jovem Claire (Lou de Laâge) é vista como ameaça pela madrasta Maud (Isabelle Huppert), que manda matar a enteada. Aí o filme já começa a se perder, pois a ameaça à madrasta é superficial e, logo no início, a assassina que selaria o destino da “Branca de Neve” perde o controle do carro que a sequestrava e dá a possibilidade de fuga. O descontrole de direção ocorre sem qualquer razão plausível.
Este padrão é visto ao longo do filme, que tem um roteiro bem fraco. Vários furos aparecem em sequência. Afinal, por que Claire não procura a polícia após escapar da assassina?
O mérito do longa é a crítica ao machismo. Claire é libertária e não liga para o que parte de seus “sete anões” pensa. Os “anões”, aliás, são moradores da pequena cidade onde ela se abriga após o sequestro.
Essa liberdade de Claire não ganha sentido. Fosse brasileiro, o filme ganharia a conotação de exibir cenas de sexo sem qualquer motivo.
Isabelle Huppert interpreta a madrasta, mas tem pouco espaço para salvar o filme.
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Branca como a Neve / Blanche comme Neige
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Ano: 2019
Duração: 112 min.
Gênero: Drama
Direção: Anne Fontaine
Elenco: Lou de Laâge, Isabelle Huppert e Charles Berling