Branca de Neve

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O Artista, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2012, está fazendo escola. Não que Branca de Neve seja uma cópia. Longe disso, já que demorou oito anos pra sair do papel. Mas este filme espanhol é também em preto em branco, “mudo”, com uma estética antiga. E acabou sendo lançado depois do francês. Não é tão bom quanto o predecessor, porém é bem bacana.
O título leva ao conto dos irmãos Grimm. Só “leva”. A história é bem espanhola: em 1910, um famoso e implacável toureiro perde a esposa durante o parto e, traumatizado, rejeita a criança, para deleite de uma cruel enfermeira, de olho no dinheiro do viúvo. Criada pela avó, a pequena Carmen conhece a história do pai por meio de recortes de jornais e revistas. Uma nova tragédia, porém, faz com que ela se mude para a casa dele, sob o olhar atento da malvada madrasta (a enfermeira), que faz tudo para prejudicar a menina.
Além de elementos do Branca de Neve original, como anões (seis, não sete, todos toureiros) e a maçã envenenada, o roteiro utiliza as polêmicas touradas como aglutinador dos personagens. Tudo ocorre em torno do enfrentamento entre homem (ou mulher) e os touros.
Escrito, produzido e dirigido por Pablo Berger, Branca de Neve nada perde com a falta de diálogos com som (aparecem as conversas legendadas em estilo de filme antigo). Passa rapidinho. Tem um fim lindo, com os lenços brancos sendo abanados na praça de tourada.
Branca de Neve / Blancanieves
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2013
Gênero: Drama
Roteiro: Pablo Berger
Direção: Pablo Berger
Elenco: Maribel Verdú, Macarena García, Daniel Giménez-Cacho, Ángela Molina, Pere Ponce e Inma Cuesta