Brooklin
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Brooklin foi indicado a três categorias de peso no Oscar 2016: Filme, Atriz e Roteiro Adaptado. Em nenhuma levou, mas as nomeações são totalmente justas. O filme envolve o espectador, mérito destes quesitos (roteiro e atriz) – e da fotografia.
Saoirse Ronan é um nome desconhecido do grande público, mas já tem duas indicações ao prêmio máximo do cinema – a primeira foi ainda criança, por Desejo e Reparação, em 2008. A atriz é a estrela de Brooklin. Interpreta Eilis Lacey, que, com poucas perspectivas na sua Irlanda, embarca, toda tímida e receosa, a convite do padre Flood (Jim Broadbent), para a “América”, terra das oportunidades de então, deixando, a contragosto, a mãe viúva e a irmã, a quem é muito apegada.
Chegando lá, se estabelece, claro, no bairro do título, arrumando um quarto na pensão da senhora Kehoe (Julie Walters, que tem as melhores falas do filme, sempre à mesa das refeições). Eilis começa a acertar na vida, mas, longe da família, ainda infeliz. Até que engata um namoro com o ítalo-americano Tony, vivido por Emory Cohen, ótimo.
Mas aí o que parece um romance ou um drama clichê muda! Mesmo!
O que tinha tudo para ser um dramalhão fica leve, mesmo que ainda drama. Nas mãos do diretor John Crowley e do roteirista Nick Hornby, o resultado é delicado.
Baseado no romance do escritor contemporâneo Colm Tóibín, é o segundo filme que traz sucesso a Saoirse Ronan parecendo obra de Jane Austen, sem ser. Que ela continue nesta pegada. Fãs agradecem.
Brooklin / Brooklyn
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2016
Duração: 113 min.
Direção: John Crowley
Roteiro: Nick Hornby
Gênero: Drama
Elenco: Saoirse Ronan, Domhnall Gleeson, Emory Cohen, Jim Broadbent, Jessica Paré, Emily Bett Rickards, Fiona Glascott e Julie Walters
