Círculo de Fogo

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Vou remar contra a maré. Não consegui ler ou ouvir qualquer crítica negativa a Círculo de Fogo. O diretor cult do momento, Guillermo del Toro, é o “pai” da obra. Baseado em O Labirinto do Fauno, fui seco assistir a seu último. Que decepção!
Está certo, os efeitos especiais são incríveis. Mas não é por causa do Guillermo del Toro que o filme tem de ser bom. Sabe o velho Godzilla? Lá está ele. É só um pouquinho modernete. Claro que é homenagem do diretor, que já disse adorar o estilo de filme japonês do monstrengo. Mas mesmo assim continua fraco.
A história se passa em um futuro apocalíptico. Extraterrestres gigantescos surgem na Terra, não por cima, mas por baixo dela. Isso mesmo. Eles abrem uma fenda no centro do planeta e, de outra dimensão, começam a pipocar por aqui. O primeiro demora seis semanas (meses) para ser derrotado (na verdade, este é o período para que surja o segundo) e acaba com San Francisco (a ponte Golden Gate deve ser campeã de destruição, só perdendo para a Estátua da Liberdade, em Nova York). Aí os humanos começam a se mobilizar e, com grana de todo o mundo, constroem mega-robôs para dar porrada nos alienígenas.
O contra-ataque terráqueo dá certo e os pilotos dos robozões viram celebridades. Mas, claro, os aliens começam a se adaptar e evoluir. E chegam ao planeta em espaços mais curtos de tempo. Aí o bicho pega, literalmente.
Os robôs humanos são os Jaegers, que precisam ser pilotados por duas pessoas que tenham afinidades, já que o cérebro de cada uma é conectado ao sistema. Já os novos Godzillas são os Kaijus.
O problema é que Guillermo del Toro coloca um romance, uma história de superação, destruição a todo vapor… há de tudo um pouco. Se fosse um diretor desconhecido os críticos cairiam de pau nele. Tem até uma dupla de cientistas toda estereotipada. São os “cientistas malucos”, um vestindo terninho geek e o outro “malandrão”.
Chega uma hora que, já um caos total, um Kaiju (um inimigo) começa a voar! Aí vira uma palhaçada. Pode tudo!
Dinheiro tem limite? No mundo de Círculo de Fogo (aliás, que nome aportuguesado ridículo, sem motivo. O original é Pacific Rim) não há. E vai dinheiro para construir os defensores de nosso planeta. No fim, é um Independence Day com ETs maiores.
Círculo de Fogo / Pacific Rim
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Ano: 2013
Duração: 131 min.
Gênero: Ficção científica
Direção: Guillermo Del Toro
Roteiro: Travis Beacham e Guillermo Del Toro
Elenco: Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi, Idris Elba, Charlie Day, Max Martini, Burn Gorman, Rob Kazinsky, Ron Perlman e Clifton Collins Jr.
Não tenho tv a cabo! (brincadeira). Só tem na versão paga. E me recuso a pagar o Now! Pra isso pago a Net!!!
"Dá, sim, pra querer ver um filme bom com robôs e monstros."
Exato. E Pacific Rim é ótimo. 😀
FIM DE DEBATE
(E Star Trek Into Darkness já está disponível no Now)
Só pode estar de brincadeira. Gipsy Danger…
Acredito em você sobre os seis meses.
Dá, sim, pra querer ver um filme bom com robôs e monstros. Labirinto do Fauno é cheio de monstros e é muito melhor. Hellboy, 1 ou 2, é bem melhor. E já que você está comparando, Distrito 9 é cheio de monstros e armas… e é um espetáculo.
Adoro o enjoy the ride. Mas que tenha um limite.
Star Trek Into Darkness nunca sai em vídeo! Sou o fã número um de Jornada nas Estrelas, mas perdi no cinema.
Claro que sei o nome de Gipsy Danger, ela é praticamente a protagonista do filme.
E são seis meses até o próximo monstro surgir em Manila. Já vi o filme 3 vezes, tenho o blu-ray. Num teime não.
O negócio é que você precisa encarar o filme pelo que ele é: um festival de ação e entretenimento. Não dá pra querer ver um 'Labirinto de Fauno' num filme sobre robôs e monstros. Está muito mais pra algo no estilo Hellboy (que eu acho apenas bom, o segundo é melhor). Pacific Rim usa e abusa da filosofia "just go with it" e "enjoy the ride". E isso é ótimo.
Número 1 (até agora): Star Trek Into Darkness
Atalija, você me surpreende. É uma bomba! Só não é pior exatamente por causa dos efeitos e por causa do som. O que são aqueles dois cientistas caricatos? Pra que isso? O de terninho só falta babar. O roteiro é bem bobinho mesmo. E por isso não gostei. É o tipo de roteiro "pode tudo". Aí, penso eu, fica fácil.
Não coloquei seis meses. Coloquei seis semanas. Mas você tem razão. Seis semanas é o tempo para o segundo aparecer. Eu me expressei mal (corrigi acima).
Sobre o nome, Pacific Rim é perfeito, sem problema. Mas "Círculo de Fogo"? É o mesmo que colocar "Anel de Fogo" (o outro nome do local no Pacífico) no título. Nada explica. E, cá entre nós, Anel de Fogo seria um tanto pornográfico.
Você me assusta. Você sabe o nome de um dos robôs (Gipsy Danger)?
Se este entrou no seu top 5 de 2013, qual é o número 1?
Ai, Danilo! Lá vem você criticar um dos filmes mais legais do ano. Entra FÁCIL no meu Top 5 2013. Por que é del Toro? Não, porque me divertiu como poucos esse ano. O roteiro pode até ser bobinho, mas funciona. O elenco todo funciona. Os efeitos, então, nem se fala! Vi no IMAX 3D e o cinema tremia na hora da pancadaria, tamanha a potencia do som! Fora a trilha sonora FODA. Na tal parte do monstro que sai voando (spoiler), ouvi gritos de UHUUU no cinema (eu era uma das pessoas gritando). Reação foi repetida em outro momento que não vou comentar aqui. Deixe de ser do contra, filme é sensacional, de sair do cinema com um sorrisão estampado no rosto.
P.S.: O primeiro monstro é destruído em 4 dias, não 6 meses (esse é o tempo que leva pro segundo surgir). E o nome Círculo de Fogo é a tradução literal de Pacific Rim (Pacific Ring of Fire) mesmo, aquela zona do oceano pacífico onde se concentram grandes ocorrências de atividades sísmicas. Com a movimentação das placas tectônicas, surgem as fendas. Fora que Gipsy Danger tem um círculo luminoso (de "fogo") no peito, então faz todo o sentido.