Cópia Fiel

Cópia Fiel

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Nem a pau, Juvenal!

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Que balela esse Cópia Fiel. Sim, intelectuais, eu entendi o filme. Mas achei uma pataquada sem tamanho.

Abbas Kiarostami é o diretor e roteirista. O iraniano virou grife em 1997, com Gosto de Cereja, o filme que transformou o cinema de seu país em moda. É sua primeira obra fora de casa. Desculpe quem gostou, mas… que desgraça.

Li por aí que Kiarostami conseguiu escapar de fazer “um desses ‘produtos globais’, sem cheiro e nem cor”. Ah, dá licença! É muita arrogância destes críticos!

O escritor James Miller (William Shimmell) e a dona de galeria de arte Elle (Juliette Binoche) aparecem na tela em meio ao lançamento do livro dele, Cópia Fiel. Sua tese é que uma boa cópia vale tanto, ou mais, que o original. A tese é bem interessante, mas toma, literalmente, pelo menos 1/3 do filme, sem corte, em uma sequencia contínua que mais parece uma palestra.

O valor da arte está na obra em si ou no olhar de quem a contempla e com ela se emociona? Discussão bacana, mas um bom filme precisa mais do que um tema interessante a ser debatido.

Em determinado momento, a dona de um café, onde Miller e Elle conversam, pensa que eles são marido e mulher. Um certo jogo de cena se instala entre os dois. Ou não seria jogo? Onde está o real e onde está a representação? De repente, eles começam a se comportar como casados.

O problema é que não é fingimento, pois há situações que comprovam que são realmente casados. Mas aí o começo não se encaixa com a metade seguinte, pois há no início, por exemplo, a conversa do filho deles com a mãe Elle, na qual ele diz que ela está dando bola para o palestrante. Ah, mas o menino pode ter fingindo não reconhecer o pai ou pode realmente não conhecê-lo. E, assim, temos de viajar tanto para que a história fique pelo menos cabível que, sinceramente, não vale.

Mas então a dupla principal, na segunda metade, está só interpretando, na cara dura. Não! As falas sobre acontecimentos passados discordam desta tese.

Juliette Binoche ganhou como melhor atriz em Cannes. Injusto. Atuação bem comum, no máximo. O motivo é ela falar em três idiomas durante o filme? Bahhhhh!!!

O diretor Kiarostami está mais interessado em levantar dúvidas do que apresentar respostas, quer provar ao espectador o valor de uma boa cópia. Ótimo, se fossse realizado de maneira competente.

Cópia Fiel / Copie Conforme

CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!

Ficha técnica:

Ano: 2010
Direção: Abbas Kiarostami
Elenco: Juliette Binoche, William Shimell, Jean-Claude Carrière e Agathe Nathanson
Duração: 106 min.
Gênero: Drama
Roteiro: Abbas Kiarostami
Produção: Nathanaël Karmitz, Angelo Barbagallo, Charles Gillibert, Marin Karmitz e Abbas Kiarostami

Categorias: Drama
Tags: Cópia Fiel

Sobre o Autor

Comentários

  1. Christiane
    Christiane 4 dezembro, 2011, 17:13

    Concordo totalmente contigo…filme vazio, chato, entediante…na certa um prato cheio para as divagações de intelectualóides e moderninhos de plantão…papo cabeça ôco e enfadonho…

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