Crash – No Limite
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“Que filmaço”! Assim pensei quando assisti a Crash – No Limite. Muitos dizem que o filme é nada demais. Outros, que é semelhante a Magnólia, com Tom Cruise. Ou pior, há até gente que afirme ser cópia de Babel (um absurdo, pois Babel é posterior a este). Pois bem: para mim é um dos melhores filmes da história. Mais: tem a melhor cena de filme que já vi.
Grande vencedor do Oscar de 2006, Crash é cinema para pensar e repensar e, principalmente, motivar a revisão de muitos pré-conceitos (com ou sem o hífem). Destinos se cruzam sem que as pessoas percebam. O bandido de hoje pode ser o herói de amanhã e vice-versa. O covarde pode se agigantar em uma situação extremada. E o valente pode se apequenar.
Não há protagonistas. Há, sim, um elenco que se supera, com Matt Dillon, Brendan Fraser, Sandra Bullock e Don Cheadle. Mas o roteiro é a estrela.
São cinco histórias. Uma série de incidentes acaba por aproximar habitantes de diferentes origens étnicas e classes sociais de Los Angeles: um veterano policial racista e seu jovem parceiro passivo em relação as suas atitudes, um detetive negro e seu irmão bandido, um bem-sucedido diretor de cinema negro que finge ser budista para não ter exposta sua origem afro-descendente, um imigrante persa que tem um pequeno comércio constantemente assaltado e um trabalhador latino que luta para sustentar sua família.
Este latino, aliás, é o personagem que vive a cena de tirar o fôlego, retratada no cartaz acima. Ele, sua filha e uma arma carregada por um homem cansado de ser maltratado (quem já viu deve lembrar).
Todos os personagens estão no filme como peões em um jogo de emoções que afloram conforme eles se encontram, se esbarram no acaso do dia-a-dia. Nesses encontros, os personagens tomam consciência de quem realmente são e a maneira como conduzem suas vidas.
“Pensa que sabe quem você é?”, diz o policial racista ao colega no começo da obra. “Você não tem ideia”, ele mesmo responde acertadamente. Recortes daqui e dali montam o quebra-cabeça. E o que sobre no fim é a vergonha para uns, a lição para outros e a mente aberta para muitos.
Crash – No Limite / Crash
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER
Ficha técnica:
Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis
Elenco: Sandra Bullock, Brendan Fraser, Matt Dillon, Don Cheadle, Ryan Phillippe e Thandie Newton
Género:Drama
Ano: 2005
Eu achei Crash filmão, não consegui entender aqui a comparação com o Babel pq são mto distintos, incomparáveis – e eu gostei bastante dos dois. Crash chega a ser opressivo, mas o diretor mandou mto bem sem se perder nas várias estórias.
Muito gente prefere mesmo Magnólia, Dani. Eu gosto, como também gosto de Babel. Mas Crash é o meu preferido.
Esse tá na minha parateleira. Filmaço mesmo. Assim como Babel. Aliás adoro filmes com vários personagens, como Go! e Snatch. Mas o pódio no meu coração será sempre do Magnólia, não tem jeito.
Esse mesmo!
Opa. Já vi Ritmo de Um Sonho, Marcelo. É aquele do rapper em início de carreira, né? Bacana. Bom filme. Mas prefiro ele neste Crash. Uma barbaridade, no bom sentido.
As Torres Gêmeas é um filme bonzinho tb, meio frapê ligeiro, mas funciona, sabe? Agora ele está ótimo lá, melhor q o Cage, que (surpresa!) tá a fim de atuar naquele filme…
Se vc gosta do Terrence Howard vc TEM que assistir Ritmo de um Sonho – excelente, e a atuação da Taraji P. Henson é matadora!!!
Marcelo, pra mim os dois que mandam melhor são o Michael Peña e Terrence Howard. O Peña talvez por causa da cena que descrevi. Ele é muito bom mesmo… mas As Torres Gêmeas….hummmm.
O Rejeitados pelo Diabo já está em primeiro na minha lista, mas é que nessa semana estou devagar. Preciso assistir a um filme para pegá-lo (estou com dois lá em casa). Mas vou cumprir!!!!rs
Sabiam que adaptaram Crash pra uma série de TV?
http://www.imdb.com/title/tt1178636/
Aliás, isso me lembra que preciso assistir ao OUTRO Crash, o dirigido pelo Cronenberg (q adora uma nojeira)!
Ah, sim, o Danilo AINDA está devendo assistir Devil's Rejects…
Pois é, Danilo, o Ryan Phillipe não compromete, muito pelo contrário. O Matt Dillon parece que psicografou o Matt Dillon do início da carreira onde todo mundo achava que ele ia ser o maior astro da América. O Michael Peña, bem, assiste As Torres Gêmeas com ele e o Nic Cage, o cara é muito bom!
Flávia, deu sorte… nunca vi Brokeback Mountain. Dá uma preguiça…. Bom, até que eu podia ver neste sábado e…rs.
Marcelo, pelo menos pra mim o interesse não é apenas no cruzamento de histórias. Esta é uma das "artimanhas", que, confesso, gosto. Mas o que me pegou no filme mesmo foi o ritmo, o inusitado… até os atores (realmente alguns são fracos) conseguem se superar.
HAHAHAHAHAHA!!!!
PS: vou escrever sobre Brokeback Mountain no final de semana, ouviu DANILO?
Vc falou mal de Brokeback Mountain. Uma semana sem falar com vc…
Os problemas do filme são os clichês do Haggis e a canastrice de gente com papel importante, como o Fraser e a Thandie Newton. Quando um dos dois aparece no filme, meu interesse sai pra comprar cigarros… E nem é ódio aos dois em si, e sim pq eles tão fraquinhos. Qto à Sandra, apenas acho um gasto de $$$ para um papel que ficou muito pequeno. Bom, ao menos foi um treinamento para um papel mais sério como o de Um Sonho Possível, hehehe.
Enfim, até me divirto com o filme, não é ruim como mta gente disse na época que passou no cinema. E é bem melhor do que aquela arapuca chamada Brokeback Mountain.
Qto à Babel: aquele filme me irrita profundamente, é de um racismo mascarado medonho!
PS: se vcs curtem filmes com histórias que se intercruzam, vale a pena checar os do Altman. Crimes e Pecados e Todo Mundo Diz Eu Te Amo do Woody Allen tb.
Gosto muito de Crash!
Boa, Flávia!
PS: Acho Crash muito melhor que Babel por um principal motivo: é original. A semelhança entre eles está no cruzamento de histórias, não nos roteiros. Como Crash, Babel é um punhado de histórias que se cruzam, afetando a vida das pessoas sem que elas esperem.
Marcelo, desta vez terei de discordar totalmente de você. Na minha opinião Crash é um baita filme! Mesmo. Os argumentos não são mirabolantes, são até meio clichês pra dizer a verdade… Mas acho que a proposta foi exatamente esta. Conversar com valores que fazem parte da nossa rotina, atitudes que a gente cansa de repetir sem nem se dar conta… Discutir tolerância com tanta eficiência não é pra qualquer um.
Sobre a Sandra Bullock, embora ela apareça pouco, acho ela faz parte de uma das mais importantes histórias do filme. PS: Também adoro Babel, embora não veja grande semelhança entre eles.
Marcelo, que decepção!!!rs Bonzinho?!?!?!??!
Está certo que cada um tem um gosto… mas bonzinho!??!?!?!?rs
é um bom filme, meio exploratório, mas bonzinho. A Sandra Bullock tava meio desperdiçada, o Fraser se esforça mas não consegue… Agora o Cheadle, o Terrence Howard, o Michael Peña e o Matt Dillon estão ótimos!