A Desconhecida

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Giuseppe Tornatore é o “pai” de Cinema Paradiso, unanimidade mundial em filme de qualidade. Bom… pelo menos eu nunca ouvi alguém falar que o filme não presta. Ontem assisti a mais uma obra do diretor e roteirista italiano: A Desconhecida.
A “desconhecida” é Irena. Ela mudou-se da Ucrânia para a Itália há anos e hoje vive entre fantasmas do passado e uma busca pelo presente: dois “pedaços” de tempo que se entrelaçam, se sobrepõem, e criam um quebra-cabeça intrigante, uma narrativa tensa.
Quem é Irena, realmente? Pouco a pouco a história mostra. Ela virou uma presa fácil de um homem inescrupuloso. Foi submetida e brutalidades e humilhações impronunciáveis, do tipo que chocam para sempre e jamais saem da memória. Apenas uma memória bela permanece em Irena: um amor perdido. Mas o que ela quer no presente, em uma pequena cidade italiana?
O filme é totalmente diferente de Cinema Paradiso. Em vez de drama, suspense. Sai o romantismo, entra a brutalidade. Com o seu já clássico, Tornatore ganhou um problema, em meio a muitas alegrias: qualquer filme que ele faça será comparado a Cinema Paradiso. E aí é sacanagem.
A Desconhecida é um bom filme, que cativa. Não suplanta Cinema Paradiso, mas nem por isso merece ser deixado de lado. É cinema italiano com a tradicional qualidade, mas modernizado. A trilha sonora, como sempre com Tornatore, é ponto alto, desta vez até com música eletrônica. Vale o ingresso.
Obs: Kseniya Rappoport, que interpreta Irena, é a do lado esquerdo no cartaz – em destaque está a coadjuvante Claudia Gerini, mais bela.
A Desconhecida / La Sconosciuta
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Giuseppe Tornatore
Roteiro: Giuseppe Tornatore, Massimo De Rita (colaborador)
Gênero: Suspense
Duração: 118 min.
Elenco: Kseniya Rappoport, Michele Placido, Claudia Gerini, Margherita Buy, Pierfrancesco Favin, Piera Degli Esposti, Clara Dossena e Alessandro Haber