Django

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Gosto bastante dos filmes de Quentin Tarantino. E todo mundo tem falado bem de seu mais recente, Django Livre. Mas li que ele fez o filme inspirado em Django, um western spaghetti clássico, de 1966. Resolvi, então, assistir primeiro ao mais antigo. Esqueça a qualidade na produção, as atuações e até o roteiro. É um faroeste cheio de tiros e sangue, até com uma orelha cortada e mastigada pela vítima, que muito lembra o estilo Taranta. E que, por isso, diverte.

Não dá para classificar este filme como bom. Também não é ruim. É meia-boca. Mas o que vale é não ligar para os detalhes e ficar surpreso com a imaginação dos roteiristas.

Django é um andarilho que arrasta um caixão amarrado em sua cintura. Não se sabe de onde veio – e ele não está interessado em explicar. Logo de cara, salva a mocinha do filme, Maria, que seria assassinada por dois grupos, os mexicanos e os americanos liderados pelo Major Jackson. Ela está mal vista pelos dois lados de uma “batalha” por supremacia na fronteira entre México e Estados Unidos. Agora juntos, Django e Maria chegam à cidade mais próxima. E Django parte atrás do Major Jackson.

O filme tornou-se popular na Europa e é considerado cult nos Estados Unidos. É um dos melhores exemplos de western spaghetti. Perde para os filmes de Tarantino por causa do roteiro, que muitas vezes não encaixa e viaja muito.

Criado na Itália, o gênero buscava alcançar sucesso seguindo o estilo das produções norte-americanas, mas com a diferença de priorizar heróis misteriosos, vilões estereotipados, belas mulheres e muitos tiros – e um caixão misterioso em Django. Os longas eram gravados em Almería, região da Espanha semelhante ao Velho Oeste americano, e tinham atores e equipe de nacionalidades diferentes, um “catadão” da Europa e dos Estados Unidos. O cineasta Sergio Leone é o seu maior expoente, ao lado de outro ícone, o ator John Ford.

Com o sucesso, Django virou uma espécie de série cinematográfica. Além de “Django Atira Primeiro” (1966), há “Viva Django” (1968), “Django Não Perdoa, Mata” (1968 – este título é hilário!) e “Django, O Bastardo” (1969). E em 1987 ainda houve “Django 2 – A Volta do Vingador”.

O personagem volta à cena no novo filme de Tarantino, dessa vez na pele de Jamie Foxx, como um escravo liberto que se torna um caçador de recompensas e corre atrás de vingança contra os que estão com sua esposa. Tarantino construiu a sua própria versão de Django. Franco Nero, o ator que faz o Django original, tem uma participação especial. Preciso ver logo!

Django


CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO 


Ficha técnica: 
Direção: Sergio Corbucci
Produção: Sergio Corbucci e Bruno Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Piero Vivarelli, Bruno Corbucci, José Gutiérrez Maesso e Franco Rossetti
Elenco: Franco Nero, José Bódalo e Loredana Nusciak
Gênero: Western Spaghetti
Ano: 1966
Duração: 90 min.

Categorias: Faroeste
Tags: Django

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 4 abril, 2013, 22:35

    Ops. tem razão, Marcelo. Não confundi, não. Acrescentei o ator sem pensar. Alterei aí em cima. Obrigado pelo toque.

    Abs.

  2. Marcelo
    Marcelo 4 abril, 2013, 20:56

    Bacana a crítica, mas…

    John Ford ator do spaghetti western??? John Ford é o diretor icônico que popularizou o western clássico a partir dos anos 20 até os anos 70, basicamente criou três obras-primas com o John Wayne (No Tempo das Diligências, Rastros de Ódio e O Homem que Matou o Facínora). Talvez vc tenha confundido com o Clint, que era ator de uma série de western de tv e foi pra Almeria filmar com o Leone a trilogia dos dólares

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