Dois Estranhos
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Feitiço do Tempo é o filme que consagrou a repetição temporal. O “filme da marmota” é aquele que seu protagonista está preso a uma realidade, haja o que houver. Quando determinado horário chega, ele acorda preso ao mesmo dia. Dois Estranhos repete a estratégia, mas para aí comparação. O vencedor do Oscar de Documentário em Curta Metragem é sério, está longe de fazer rir. É sobre racismo, tema necessário e que, ainda bem, vem cada vez mais sendo discutido pelo mundo.
Não à toa há logo no início da obra o “I can’t briethe” infelizmente eternizado por George Floyd, homem negro morto nos Estados Unidos asfixiado por um policial. O curta — que especificamente é um média-metragem, com 32 minutos de duração — vem recheado de composições visuais ricas e dolorosas.
Carter (o rapper e ator Joey Bada$$) é um jovem que, ao sair de um prédio é abordado pelo policial Merk (Andrew Howard) e, desesperado, tenta todas as alternativas para não ser assassinado.
O curta prova que não são necessários muitos minutos para dar uma aula importante sobre racismo.
Onde falha? Exatamente na ideia do loop temporal, já bastante batida no cinema. Algo que pouco atrapalha, ainda mais quando não se vê a típica redenção do vilão – o homem branco neste caso.
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Dois Estranhos / Two Strangers
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Duração: 32 min.
Gênero: Drama
Direção: Travon Free e Martin Desmond Roe
Elenco: Joey Bada$$, Andrew Howard, Zaria Simone e Mon Sishodia
Ano: 2020