Gostei demais da parte inicial de Duna, filme de Denis Villeneuve que agora ganha uma continuação. Nesta Parte 2, o diretor opta pelo gigantismo e parte sem medo para o que seria o maior filme de todos os tempos. E erra a mão.

Duna – Parte 2 tem a todo instante um som de trombeta. Muitas vezes! Em vez de se contentar com o efeito sonoro em grandes momentos, emulando a aparição de um vilão ao estilo Darth Vader, a cada cinco minutos vem o barulho. É o sinal do gigantismo que seu diretor acredita ter em mãos.

Clara emulação ao universo Star Wars, Duna nos cinemas adora colocar uma multidão abaixo do protagonista Paul (Timothée Chalame) Chega a ser uma apologia ao fanatismo, que pode virar uma crítica quando Duna Parte 3 aparecer.

O  britânico Adam Roberts disse que um dos segredos do sucesso de seu livro Duna, que origina a saga no cinema, é reunir tropos simples, acessíveis, para expressar temas complexos. A simplicidade não tem vez em Duna 2 no cinema.

Se na primeira parte Stilgar (Javier Barden) e Chani (Zendaya) pouco apareceram, agora são os pilares para Paul seguir em sua viagem de vingança contra a morte do pai, salvando a vida humana. Ambos personagens são  do clã Fremen, povo nativo do planeta Arrakis.

Até os efeitos visuais, deslumbrantes em grande parte do filme, pecam quando há multidões com Paul. Sabe torcida de futebol em jogo de vídeo-game, com o mesmo movimento? Igual.

Duna só acerta por dar um segundo passo numa história que ainda tem potencial e que na literatura tem grande valor. Veremos.

____________________________________________________________________________________________________________

Duna – Parte 2 / Duna – Part 2

CLASIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE

Ficha técnica:

Ano: 2024

Direção:  Denis Villeneuve

Elenco: Timothée Chalamet, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Javier Barden, Zendaya e Josh Brolin

Gênero: Aventura

Duração: 166 min.