Era Uma Vez em… Hollywood

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Quando se ouve o nome de Quentin Tarantino logo vem à mente sangue. O diretor se notabilizou em Hollywood por carregar as tintas em tiros, facadas, socos e pontapés, com o vermelho jorrando na tela. Mas seus últimos filmes não têm sido exatamente assim. E cada vez mais Tarantino aposta em histórias fluidas e com menos pancadaria. “Era Uma Vez em… Hollywood” é assim.

É um bom filme. Mas, diferentemente do que os fãs do diretor e roteirista esperam, é uma obra lúdica. Claro que estão lá as brigas e sangue, mas especialmente concentradas na etapa final.

Poucas vezes no cinema o “era uma vez” foi tão bem colocado. E este é o grande mérito de Tarantino neste longa. A abordagem lúdica não pode ser confundida com um filme estilo Disney. Nem perto disso. É um “clima” que em cerca de três horas passa mais de duas horas introduzindo personagens e deslocando-os livremente pelo mundo do cinema.

Se até agora parece ser um filme chato, esqueça. Não é. Mesmo com apresentações e sem ação incessante, entretém. Evidentemente que com a ação na parte final há o auge, mas talvez mais pela surpresa do que pela ação.

Afinal, Era Uma Vez em… Hollywood trata de uma história conhecida: o assassinato da atriz Sharon Tate, grávida, namorada do cineasta Roman Polanski. Mas o foco é difuso, pois dois personagens fictícios são introduzidos.

Os protagonistas são três: Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), ator experiente de faroestes que deseja virar astro em Hollywood, seu melhor amigo, Cliff Booth (Brad Pitt), dublê decadente e assistente pessoal do colega, e Sharon Tate (Margot Robbie), esta sim baseada na atriz assassinada. Aliás, a personagem é uma homenagem a Sharon.

O foco está no ator tentando ser amado e reconhecido, no dublê que se limita à função de capacho e na boa vida da atriz.

O elenco é invejável. Além de DiCaprio, Pitt e Robbie, aparecem Al Pacino, Dakota Fanning, Bruce Dern e Kurt Russel, todos, é verdade, em pequenos papeis. Tarantino já está em uma fase que consegue quem desejar em Hollywood.

Esta, digamos, “fábula no estilo Tarantino” tem toda a categoria de um bom filme – aliás, muito bem editado, como é rotina com o cineasta. Falta o “algo mais” – talvez mais sangue. Mas vale o ingresso.

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Era Uma Vez em… Hollywood / Once Upon a Time in… Hollywood

CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO

Ficha técnica:
Ano
: 2019
Duração: 161 min.
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Al Pacino, Dakota Fanning, Bruce Dern e Kurt Russel
Gênero: Drama

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 12 abril, 2020, 12:22

    Sabe que o que mais gostei foi o final? Esperava o final tradicional porque já conhecia a história da morte dela. Mas me surpreendeu.

  2. George
    George 12 abril, 2020, 11:10

    Vi ontem, achei excelente a parte técnica (edição, som, roteiro), mas senti falta tbem deste “algo mais” que o Tarantino sempre fez questão de mostrar.
    Achei a sequência final desnecessária pelo enredo do filme.

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