Esquadrão Suicida
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E não é que eu gostei? Sim, Esquadrão Suicida me cativou. E olha que praticamente todas as críticas são contra o filme. Mas, enfim, curti!
A ideia original é interessante. Temendo uma virada de lado de Superman ou seu sumiço, o governo dos Estados Unidos decide colocar em prática um ambicioso plano de uma poderosa figura de seus quadros, Amanda Waller. Ela seleciona uma série de temidos criminosos para formar um time que combata forças sobre-humanas.
Sim, os malvados serão juntados para salvar o planeta. É uma ideia imbecil, mas possível. E é nesta dicotomia que o filme se pega com força. Não pode dar certo, mas tem que dar.
Os escolhidos são Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Diablo (Jay Hernandez), Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) e Magia (Cara Delevingne), que se juntam a dois soldados do governo, Rick Flag (Joel Kinnaman) e Katana (Karen Fukuhara), vinda do Japão com sua adaga. Forma-se assim o Esquadrão Suicida, com este nome porque os bandidos que se rebelarem ou falharem serão mortos pelo governo, via um chip implantado na jugular.
Está por todos os lados que, após as críticas recebidas por Batman vs Superman e o sucesso de Deadpool, Esquadrão Suicida passou por uma remontagem, que contou até com a filmagem de novas cenas. Teria ficado mais leve. É… realmente é um filme mais leve. E isso me agradou.
Não se engane: é um longa sobre o amor. Pistoleiro ama a filha. Arlequina ama Coringa, Rick Flag ama a médica June Moon, que se transforma em Magia. E por aí vai…
A meia hora inicial é para apresentar os personagens. É a mais lenta, mas necessária parte. Afinal, o longa não é só para aficionados.
Não é à toa que Arlequina virou a grande personagem da trama, na tela e no mercado publicitário e de vendas. Interpretada por Margot Robbie, está divertida, sagaz, linda e perturbada. Difícil entender o que se passa naquela mente. Apaixonada por Coringa, ela é claramente uma “escrava do amor”, em uma relação abusiva.
Coringa, aliás, some nas mãos de Jared Leto. Ok, o roteiro praticamente esconde o personagem, que aparece pontualmente, nunca com protagonismo. Mas não se pode comparar o trabalho de Leto aos de Heath Ledger e Jack Nicholson, dois Coringas de primeira.
Will Smith está mais uma vez bem. Seu Pistoleiro é o membro do grupo que mais ganha tempo em cena e realmente comanda momentos de ótima ação. É o chefe da trupe.
O resto do time fica eclipsado por Pistoleiro e Arlequina. Pouco tempo em cena ou falta de talento, como Cara Delevingne em sua Magia. Ela é a grande vilã contra os vilões. Mas a interpretação é fraca demais!
Ok, a concepção da personagem não ajuda. Magia tem poderes enormes, mas na hora de enfrentar o Esquadrão parece acanhada. Poderia matar todos de uma vez, mas fica papeando e indo contra um por um. Mas Cara faz cara (olha o trocadilho!) de sonsa em todas as cenas!
Destaque para a trilha sonora. Músicas ótimas, com Queen no auge da história.
Fica a expectativa para a sequência. Todos têm um lado bom? É o que veremos.
Esquadrão Suicida / Suicide Squad
CLASSIFICAÇÃO: VALE (BEM) O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2016
Duração: 130 min.
Direção: David Ayer
Roteiro: David Ayer
Elenco: Will Smith, Margot Robbie, Jared Leto, Jai Courtney, Will Smith, Cara Delevingne, Viola Davis, Jesse Eisenberg, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Jay Hernandez e Adewale Akinnuoye-Agbaje
Gênero: Ação