Fomos Canções
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A Netflix acaba de lançar uma comédia romântica. E toda vez que isso acontece vem junto uma avalanche de fãs. Porém, dá para afirmar: Fomos Canções é contrário a tudo que se propõe! O sucesso pode vir, pela força da Netflix, mas em pleno 2021 de empoderamento feminino o que se vê em tela é pura decepção.
Adaptação de dois livros de Elísabet Benavent, a bilogia Canções e Memórias, Fomos Canções já começa errado pelo título. O que se imagina é que músicas deem algum tom à história. Que nada. Tirando uma só canção que Macarena, a personagem principal, remete à experiência com um ex-namorado, o resto do filme passa sem qualquer ligação a canções.
A sinopse indica que Maca (María Valverde) e suas amigas Adriana (Susana Abaitua) e Jimena (Elisabeth Casanovas) formam um trio que vai escolher o amor próprio em vez de relacionamentos. Ótimo seria se isso acontecesse. O que realmente se vê são três amigas praticamente malucas: Maca baba pelo ex que a abandonou sem aviso após cinco anos de namoro, Adri insiste em um casamento sem paixão e Jime quer buscar a reencarnação do ex-namorado morto.
A diretora Juana Macías diz que “elas estão fisgadas por um sentimento do que é o amor que não está conectado com a realidade. E quando você não está conectado com a realidade, você sofre”. É isso! Mas cadê a escolha pelo amor próprio? São três pessoas desconectadas da realidade, presas a um amor de sacrifício, que diminui quem ama… e assim acontece o filme todo!
Próximo ao fim, Maca solta que “você tem que aprender a amar a si mesmo e então você pode amar o outro”. É a única menção a amor próprio, que fica solta. E vem a cena final desastrosa.
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Fomos Canções / Fuimos Canciones
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Ano: 2021
Duração: 110 min.
Gênero: Romance
Direção: Juana Macias
Roteiro: Laura Sarmiento e Elísabet Benavent
Elenco: María Valverde, Alex González, Elisabet Casanovas, Alex González, Nacho Montes e Artur Busquets