Ginger & Rosa
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Ginger & Rosa tem a vantagem de contar com um elenco de qualidade, recheado de atores que seguram a bronca mesmo quando a obra é ruim. Só isso. Os atores e atrizes são competentes. Pena que a história é devagar demais, chata.
Quem curte um filme com pegada mais existencialista pode até dar uma chance ao longa. Mas terá de se esforçar para gostar dele. Estamos em Londres, 1962. Ginger (Elle Fanning) e Rosa (Alice Englert, de Dezesseis Luas) são amigas adolescentes inseparáveis. A cada dia tentam um futuro distante de suas mães, a quem desclassificam por se dedicarem ao trabalho doméstico. Roland, pai de Ginger, passa a ser idolatrado por ambas. Até que elas caem na real.
O filme tenta criar um clima de ameaça ao mundo. Todo o desenrolar acontece em meio aos dias em que a União Soviético colocou mísseis em Cuba – e o receio era que uma guerra nuclear dizimasse o planeta. Mas não cola. A ameaça entre as duas potências fica descolada da realidade de Ginger e Rosa. A forçação de barra só ganha uma explicação lá para o fim, até que convincente. Mas o problema é que se vão uns 70 minutos de enrolação.
É verdade que o desfecho final é bom. Mas mesmo assim não compensa o desenrolar todo. Além de Ellen Fanning e Alice Englert, Christina Hendricks, Oliver Platt, Timothy Spall, Alessandro Nivola mandam bem. E Annette Bening dá um show. Ela é a vibração da história, a pessoa que dá um chacoalhão nos outros. Poderia ter feito isso com a diretora e roteirista, Sally Potter.
Ginger & Rosa
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Sally Potter
Roteiro: Sally Potter
Elenco: Elle Fanning, Alice Englert, Christina Hendricks, Oliver Platt, Timothy Spall, Alessandro Nivola e Annette Bening
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 90 min.