A Igualdade é Branca
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A Igualdade é Branca é o segundo filme da Trilogia das Cores, do diretor e roteirista polonês Krzysztof Kieslowski, dedicada às cores e aos ideais da Revolução Francesa. Até agora assisti ao primeiro – A Liberdade É Azul – e a este. Apesar de diferentes, são muito bons à mesma maneira.
Do drama no primeiro longa, Kieslowski passa à comédia em A Igualdade. Mas não se trata de algo escrachado. É um filme sutil, sobre vingança. E aí está uma das “igualdades”. Após se divorciar na França da mulher que ama, um polonês volta a seu país de origem disposto a ganhar muito dinheiro para poder se vingar da mulher. Ele quer que o sofrimento dela seja igual ao dele. Quer que ela o ame – e sofra por sua perda.
A igualdade está por todo o filme. Há a crítica ao tratamento que o polonês recebe da justiça francesa, nada igualitária. Há o olhar sobre irmão do protagonista, que reforma seu cabeleireiro para se sentir igual aos europeus – o local ganha um baita letreiro de neón. E há a igualdade, com a fraternidade, do compatriota que ajuda o polonês largado na França.
Curiosos são os cruzamentos de histórias. Em A Igualdade, logo no começo, a personagem de Juliete Binoche de A Liberdade é Azul entra na mesma sala do tribunal de justiça onde o casal está se separando. E há a velhinha que quase não consegue jogar o lixo na enorme caixa na rua – a mesma cena nos dois filmes, vista de ângulos diferentes.
O elenco de A Igualdade é comandado pelo ótimo polonês Zbigniew Zamachowski. Julie Delpy, francesa, faz sua ex-esposa. Ela recusou um papel em A Igualdade – e mesmo assim continuou nas graças de Kieslowski.
Só me resta buscar A Fraternidade é Vermelha e encerrar a trilogia. Não vejo a hora.
A Igualdade é Branca / Trois Couleurs: Blanc
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Direção: Krzysztof Kieslowski
Elenco: Zbigniew Zamachowski, Julie Delpy, Janusz Gajos, Jerzy Stuhr, Aleksander Bardini, Jerzy Trela, Jerzy Nowak, Cezary Harasimowicz e Michel Lisowski
Roteiro: Krzysztof Kieslowski e Krzysztof Piesiewicz
Produção: Marin Karmitz
Duração: 95 min.
Ano: 1994
Sou a própria “não entende mas comenta”. Pq a “viúva” do morto vivo é presa? Sendo divorciada não poderia ter acesso ao testamento?
O cara forja a própria morte mas visita a penitenciária (após o irmão recomendar “saia da janela, poderão vê-lo”….. ). Não entendi mas gostei.
Esse é melhor que o Blue, divertido e emocionante. O próximo, Red, é uma bomba, o mais fraco de todos.