Jane Eyre – 2011
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A história de Jane Eyre, romance da inglesa Charlotte Brontë publicado em 1847, já rendeu dois filmes. O de 1944, com Joan Fontaine e Orson Welles nos papéis principais, é o mais famoso (o outro é de 1996, para a televisão). Ou era, pois em 2011 saiu uma versão do diretor Cary Fukunaga, agora mais sombria, tentando mesclar romance e horror. O problema é que de horror nada há; fica-se apenas no amor.
Mia Wasikowska (de Albert Nobbs) e Michael Fassbender (X-Men – Primeira Classe e Bastardos Inglórios) interpretam o roteiro adaptado por Moira Buffini. Ela é Jane, uma governanta que só sofreu na vida: seus pais morreram, sua tia era malvada e era maltratada no colégio, de onde saiu com 18 anos. Ele é o Senhor Rochester, homem rico prestes a se casar, até dar um emprego a Jane. Ainda há Judi Dench, como a Senhora Fairfax, a chefe dos empregados, muito bem.
Claro, é romance! Contra tudo e contra todos, eles ficarão juntos!!! É clichezão, pelo menos até os 25 minutos finais, quando duas surpresas aparecem. Não é ruim, não. Mas o filme poderia ser bem melhor se Fukunaga não tivesse cortado as cenas de horror (mostradas nos extras).
Sem estas cenas, que basicamente mostram a alma de uma amiga de Jane aparecendo o tempo todo, fica sem sentido a parte de horror. Tenta-se criar um clima sobrenatural, com Jane ouvindo barulhos e sentindo “coisas”. Mas nada é concreto, tudo é muito pequeno, sabe-se que há algo, mas o filme anda e o “clima” não aparece.
Fukunaga deixou claro que pretendia fazer uma versão diferente de Jane Eyre, não apenas romântica. Não conseguiu. Conseguiu, sim, fazer um bom filme, como tantos outros.
Jane Eyre
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Cary Fukunaga
Roteiro: Moira Buffini, baseado no livro de Charlotte Brontë
Gênero: Romance
Duração: 120 min.
Ano: 2011
Elenco: Mia Wasikowska, Michael Fassbender, Jamie Bell, Sally Hawkins, Sophie Ward, Imogen Poots e Judi Dench