La Vanité
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Três pessoas em um quarto, praticamente todo o filme. La Vanité é assim, e muito diálogo. A solidão é o tema por trás da eutanásia. É aquele típico filme de roteiro bom. Mais que bom, na verdade.
Logo na sequência inicial do longa-metragem um carro estaciona nos fundos de um hotel decadente, em meio à neve. Um homem caminha para reservar um quarto. David Miller (Patrick Lapp) está só: viúvo, em meio a um tratamento de câncer que já lhe rendeu três operações no cérebro, cansado. Sua única companhia chega pouco depois: Esperanza (Carmen Maura), que irá acompanhá-lo na eutanásia assistida.
O tema parece pesado, mas a obra tem um toque de humor negro. O roteiro escrito pelo diretor Lionel Baier e por Julien Bouissoux coloca três pessoas que não se conhecem à beira da morte de uma delas. O terceiro no quarto é o garoto de programa Tréplev (Ivan Georgiev).
O título em francês (o filme é suíço) pode ser traduzido em português por A Vaidade. Mas La Vanité é um gênero de natureza-morta de quadros do século 17. Os quartos do hotel têm quadros deste estilo.
Aos poucos se percebe que cada personagem tem um defeito, mas isso não os torna maus. Speranza, em uma interpretação incrível de Carmen Maura (mais uma), conhecida por suas atuações com Pedro Almodóvar, já tem seu significado no nome. Ela não acredita no fim.
Tréplev vem fa peça A Gaivota, de Tcheckov. A última frase do filme é também desta obra.
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La Vanité
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Duração: 75 min.
Gênero: Drama
Elenco: Patrick Lapp, Carmen Maura e Ivan Georgiev
Direção: Lionel Baier
Ano: 2016