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Félix Lope de Vega, escritor cultuado em sua terra natal, a Espanha. Tido por especialistas como um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Eu não o conhecia, admito. E aí chego ao mérito deste Lope, filme co-produzido por Brasil e Espanha: apresentar o poeta.
Bem sucedido ao introduzir o escritor aos que desconheciam sua história e sua obra, Lope aborda a juventude dele, no fim do século 16, seus primeiros escritos, seus amores, suas confusões. Sim, o homem era um caçador de confusões e as colecionou.
Além de amado por suas obras na Espanha de então, Lope de Vega era um galanteador de marca maior, bonito, com relacionamentos amorosos simultâneos e causador de polêmicas. Enfrentava, sem temor, famílias e cônjuges.
O argentino Alberto Ammann protagoniza o filme, com brilhantismo. A atuação de Ammann é certeira, a principal responsável por tirar o filme da chatice.
Há dois brasileiros na obra, Selton Mello e Sonia Braga. O ótimo Selton some. Suas participações são rápidas, na pele de um português que vive na Espanha, um marquês com poderes na Madri de então. Vai mal em espanhol, bem abaixo de suas rotineiras atuações. Fica a impressão de que o personagem foi adaptado para se transformar em alguém vindo de Portugal, já que o sotaque de Selton aparece fortemente.
Sonia Braga surge apenas em pontas, como a mãe de Lope. Não complica. Pena que nas versões européia e americana todas suas aparições foram cortadas – são no começo do longa, editado para fora do Brasil.
Outro brasuca, Andrucha Waddington não inova na direção, também não atrapalha, e opta pela constância, sem quebras de ritmo ou surpresas. Ação inexiste, mesmo nos duelos de espadas.
No fim, a história é que vale. A oportunidade de aprender sobre história.
Lope
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Andrucha Waddington
Elenco: Alberto Ammann, Leonor Watling, Sonia Braga e Selton Mello
Duração: 106 min.
Gênero: Drama
Ano: 2010
Roteiro: Jordi Gasull e Ignacio del Moral, baseado no argumento de Juan Vicente Riuve
rs.. mas ela está irreconhecível. Bem mais velha.
EU não sei por que esse povo tem mania de enfiar a Sonia Braga para fazer papel de espanhola…