O Abrigo
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Um homem começa a ter pesadelos sobre uma tempestade apocalíptica. Acordado, vê sinais de que os sonhos podem prever um futuro próximo. Para proteger sua família, decide construir um abrigo no quintal de casa, gastando todas as economias, gerando a imagem de louco na cidade. A pergunta de O Abrigo – vencedor da Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2011 – é: este homem está louco ou realmente algo acontecerá?
Se você pensa que o fim é óbvio, esqueça. Não é. Nem para a loucura, nem para a futurologia. Michael Sannon interpreta Curtis LaForche, o protagonista. Jessica Chastain (A Árvore da Vida e Histórias Cruzadas) é a esposa Samantha. Ambos tiveram de aprendem linguagem de sinais, já que no filme têm uma filha de seis anos com deficiência auditiva.
É algo interessante, que até encaixa na história, pois com o dinheiro do abrigo a menina poderia ser operada da deficiência.
Para complicar um pouco mais a vida do espectador, a mãe de Curtis, nosso atormentado com os sonhos, está há décadas internada em uma casa de repouso para esquizofrênicos.
Lembrou-me muito os filmes de M. Night Shyamalan (A Vila, O Sexto Sentido, Sinais…), mas sem o mesmo clima de tensão. E ainda menos reviravoltas. É que também há uma pitada de A Árvore da Vida, de Terrence Malick, com a visão contemplativa da natureza. Aí cai bastante.
Jeff Nichols, o diretor e roteirista, está em alta em Holywood. Para os especialistas é uma espécie de novo Malick. Uma pena a comparação. Na disputa entre O Abrigo e A Árvore da Vida, o primeiro dá de goleada. Mas isso não é grande coisa.
O Abrigo / Take Shelter
CLASSSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Jeff Nichols
Roteiro: Jeff Nichols
Produção: Brian Kavanaugh-Jones
Elenco:Michael Shannon, Jessica Chastain, Lisa Gay Hamilton e Kathy Baker
Duração: 120 min.
Gênero: Ficção
Ano: 2011
