O Bebê de Rosemary

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Ainda não tive a oportunidade de assistir a todos os filmes de Roman Polanski, mas já vi alguns dos bons (confira a lista com links ao final do texto). Gosto bastante. Mas O Bebê de Rosemary é fora da curva. Para mim (pelo menos até agora) é sua obra-prima.
Com roteiro baseado no romance homônimo de Ira Levin, publicado em 1967, é considerado um clássico do cinema. Faz parte da chamada “Trilogia do Apartamento” de Polanski, com O Inquilino e Repulsa ao Sexo.
Em 1965, Rosemary Woodhouse (Mia Farrow), uma jovem dona de casa, e Guy (John Cassavetes), um ator em busca de emprego, se mudam para Bramford, um opulento mas antiquado prédio em Nova York. É lá que eles conhecem o casal Minnie (Ruth Gordon) e Roman (Sidney Blackmer), idosos gentis, simpáticos e hospitaleiros. Uma amizade surge, especialmente para Guy, que fica vidrado nos vizinhos, enquanto Rosemary quer aproveitar a nova vida.
Em plena crise conjugal, Rosemary descobre estar grávida. É seu sonho, mas a gravidez mostra-se difícil… muito.
O filme é todo cercado de suspense. É, na verdade, classificado como terror, mas esqueça qualquer baboseira de sangue jorrando ou algo parecido. O que se tem aqui é tensão em meio a um clima de bruxaria. Sim… e não dá para explicar mais, sob o risco de entregar o longa.
Se o fim não é esperado, até um tanto decepcionante, deixa abertura para o espectador imaginar. E para uma sequência, que veio em 1976 apenas para a televisão: “Look What’s Happened to Rosemary’s Baby”.
Mia Farrow e John Cassavetes estão bem nos papeis principais, mas são os vizinhos de Ruth Gordon e Sidney Blackmer que se destacam, talvez por eles serem o centro do terror. Ela, inclusive, levou o Oscar de Atriz Coadjuvante.
É nos detalhes que o filme ganha ares de clássico. Polanski foca em cores combinando ao longo das cenas. Se o vestido de Rosemary é amarelo, as paredes também. Se é verde, assim é o sofá. A trilha sonora fica soturna com o desenrolar dos fatos. A “loucura” da protagonista ganha peso com sua magreza (mesmo grávida) e seu corte de cabelo (que está na memória do cinema).
Diferentemente de O Inquilino, em que o diretor abruptamente muda o ritmo, em O Bebê de Rosemary não há pulos. O suspense se instala desde o primeiro minuto, mas o terror aflora passo a passo.
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O Bebê de Rosemary / Rosemary’s Baby
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!
Ficha técnica:
Gênero: Terror
Direção: Roman Polanski
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon e Sidney Blackmer
Ano: 1968
Duração: 136 min.
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