O Corvo Branco
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Biografia do lendário bailarino russo Rudolf Nureyev, O Corvo Branco traz na direção Ralph Fiennes, que também interpreta o professor de Nureyev. É dele o mérito do filme, não apenas por conseguir transformá-lo em algo interessante, mesmo que longe de ser ótimo, mas por interpretar seu personagem em russo.
Este é o terceiro longa-metragem com Fiennes na direção (depois de Coriolano e O Nosso Segredo). Ele não se arrisca. Traz o caminho do bailarino até o sucesso – e dele para o pedido de asilo à França, em plena Guerra Fria.
“Corvo branco” é uma gíria usada na Rússia para designar quem foge do padrão, quem não se encaixa no que os outros esperam delas. É muito Nureyev, não um reformista, mas alguém que fugiu do padrão por sua arte.
O bailarino é reconhecido por quebrar barreiras entre o balé clássico e o moderno e por ter transformado o papel do homem da dança, antes um apoio às bailarinas. Porém, ficou no imaginário coletivo exatamente por causa de seu pedido de asilo.
Longe de ser perfeito, o filme erra especialmente ao praticamente eliminar a homossexualidade de Nureyev. Seu namorado mal aparece e uma relação heterossexual ganha destaque.
A interpretação de Fiennes é de chocar por ser no idioma russo. Seu papel é de menor destaque, mas impressiona mandar bem em idioma tão distinto ao seu inglês.
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O Corvo Branco / The White Crow
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2019
Duração: 127 min.
Gênero: Drama
Direção: Ralph Fiennes
Roteiro David Hare
Elenco: Oleg Ivenko, Ralph Fiennes, Adèle Exarchopoulos e Chulpan Khamatova