O Dono do Jogo
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Tirar do papel um filme sobre o jogo de xadrez não deve ser fácil. Duas pessoas, um tabuleiro, muita imaginação e estudo. Quase mais nada… monótono. O Dono do Jogo tenta dar movimento e ritmo a este cenário. Consegue, mas não de maneira total.
Xadrez é um jogo tão complexo que seus praticantes de alto nível precisam ser obsessivos, beirando ou entrando em loucura. Essa é a tese do filme. Bobby Fischer (Tobey Maguire) surge no comando do enredo. Ele é o típico gênio perturbado. Descobre seu talento na infância, mas para superar os adversários precisa estudar muito.
Estuda tanto, mas tanto, que começa a pirar. Precisa de qualquer jeito virar campeão mundial, derrotando os russos, então imbatíveis. Aí entra o cenário da Guerra Fria. E Fischer pula de cabeça neste abismo.
As atuações do longa são ótimas. Tobey Maguire vai bem, mas é Michael Stuhlbarg quem dá brilho ao filme. Ele passa a ser o empresário de Fischer, com motivações para lá de escusas. Peter Sarsgaard interpreta um padre enxadrista que completa o time. E Liev Schreiber é o grande adversário russo.
O problema do filme é que ele não avança a casa. Segue a premissa do xadrez e toma muitos cuidados. E empaca.
A loucura do protagonista só piora e o roteiro centra fogo nisso. Mas tudo fica sem explicação. Personagens secundários, como a mãe e a irmã dele, desaparecem e perdem razão de existir.
É um bom filme por causa de sua história verídica. Bom para conhecer quem foi Bobby Fischer. Mas para aí.
O Dono do Jogo / Pawn Sacrifice
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Gênero: Drama
Ano: 2016
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Steven Knight
Duração: 115 min.
Elenco: Tobey Maguire, Liev Schreiber, Michael Stuhlbarg, Peter Sarsgaard, Lily Rabe, Robin Weigert e Sophie Nélisse