O Espião que Sabia Demais
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Um agente do serviço secreto britânico à procura de um traidor. Armas, carros, armações… bem poderia ser mais um 007. Mas O Espião que Sabia Demais em nada se parece com a mais famosa saga de ação do cinema inglês. É, por sinal, o oposto das aventuras de James Bond.
Neste filme o destaque são a introspecção e a inteligência. George Smiley é um dos cinco espiões que formam a base da Circus, a divisão de elite do serviço secreto britânico. Eles e o chefe-mor, Control, são postos contra a parede após uma operação desastrosa em Budapeste, que resulta na morte de um espião. O governo descobre que há um traidor no grupo. E impõe a Smiley a função de achar a maçã podre.
As armas, os carros, os apetrechos… tudo fica em segundo plano. Não há superarmas, nem carrões top de linha. Smiley costura daqui, costura dali e aos poucos chega ao traidor. Baseado em livro de John Le Carré (um ex-espião britânico que enveredou para a escrita), o filme não tem uma sequencia linear. Vai e volta no tempo sem qualquer aviso. E exige do espectador atenção máxima.
Além de Gary Oldman, Colin Firth e John Hurt estão no elenco. Oldman concorreu ao Oscar 2012 – perdeu (assim como ocorreu nas categorias Roteiro Adaptado e Trilha Sonora Original). Firth faz o papel do, digamos, adversário de Smiley na Circus, um dos cinco espiões-pilares. Hurt é o chefe Control.
Enredo obscuro, ritmo lento e interpretações sóbrias podem frustrar quem espera uma aventura de espionagem. Porém, a grande virtude de O Espião que Sabia Demais está exatamente nestes pontos.
O Espião que Sabia Demais / Tinker, Tailor, Soldier, Spy
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Gênero: Suspense
Direção: Tomas Alfredson
Roteiro: Bridget O’Connor, Peter Straughan e John Le Carré (romance)
Elenco: Gary Oldman, Mark Strong, Colin Firth, Tom Hardy, John Hurt, Stephen Graham, Roger Lloyd-Pack, David Dencik, Kathy Burke, Toby Jones, Benedict Cumberbatch e Ciarán Hinds
Ano: 2011