O Grande Golpe
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Stanley Kubrick hoje é grife de cinema. Laranja Mecânica, Barry Lyndon, 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Dr. Fantástico são algumas de suas obras-primas. Mas seu talento foi revelado ao mundo neste O Grande Golpe. Não está no mesmo nível dos famosos, mas é bom.
De 1956, baseado no livro Clean Break, de Lionel White, o filme inova ao mostrar uma história não linear. Não chega a ser um Pulp Fiction, com o fim no começo, o meio no fim, o começo no meio… Mas vai e volta horas e minutos, com foco em diferentes personagens.
O ex-presidiário Johnny Clay comanda um grupo que pretende roubar um hipódromo. Eles querem US$ 2 milhões, em um esquema que “ninguém vai se machucar”. Os bandidos têm tudo pensado. No grupo há dois internos do hipódromo e uma série de bandidos experientes.
Tamanho foi o estranhamento que a montagem concebida por Kubrick causou que o estúdio exigiu a adição de uma narração explicativa. É como em livro, nada que prejudique o resultado geral.
Por ser antigo, há uma inusitada ambientação em uma casa de jogos de xadrez, onde as pessoas pagam para passar horas em disputa no tabuleiro.
É um dos precursores dos filmes noir. Eu gosto do estilo. Tem um fim impossível, mas caótico. E a cena da briga no bar, com o fortão tirando a camisa e dezenas de policiais para segurá-lo, como se fosse o Hulk, é exagerada. Mas é um suspense bacana.
O Grande Golpe / The Killing
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Gênero: Suspense
Ano: 1956
Duração: 83 min.
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick e, Jim Thompson (diálogos adicionais), baseado no livro de Lionel White
Elenco: Sterling Hayden, Coleen Gray,Vince Edwards, Jay C. Flippen, Elisha Cook Jr. e Marie Windsor