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Há mais de um século O Morro dos Ventos Uivantes ganha versões cinematográficas. Estouro literário, a obra de Emily Brontë foi adaptada pela primeira vez quando o cinema ainda nem era falado. Assisti a uma versão com elenco de peso – Ralph Fiennes estreando nos cinemas, com Juliette Binoche -, de 1992, e achei que viria algo acachapante. Resultado? Chato demais.

Não à toa o longa passou batido quando foi lançada nos cinemas. Dirigido por Peter Kosminksy, não consegue se destacar por qualquer qualidade. Diferentemente da maioria das adaptações para cinema e televisão, que costumam parar na metade do romance original, esta é integral, avançando para a segunda geração de personagens. Até aí, tudo bem. Porém, vira um “catadão” de personagens, com nenhum ganhando profundidade.

A história se passa no século 18, em Yorshire, no norte da Inglaterra. Trata do caso de amor entre Cathy (Juliette Binoche), filha de uma família proprietária de terras, e Heathcliff (Ralph Fiennes), um menino cigano adotado pela família. Os dois crescem juntos e desenvolvem uma relação quase simbiótica. Eis que não se casam – ela prefere o herdeiro da família aristocrata vizinha.

Tudo piora com a pouca explicação em relação ao sobrenatural, que ganha espaço. Visões, almas, terceiro sentido… Fica um filme com um bando de gente doida.

Sinéad O’Connor tem uma ponta como a própria Emily Brontë. É ela quem chega ao castelo no Morro dos Ventos Uivantes e começa a narrar a história.

O título em inglês, Emily Brontë’s Wuthering Heighs, é para deixar claro que se tratava de uma adaptação do livro, não do filme clássico de 1939, cujos direitos autorais poderiam ser feridos.

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O Morro dos Ventos Uivantes / Emily Brontë’s Wuthering Heighs
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Peter Kosminsky
Roteiro: Anne Devlin, baseado na obra de Emily Brontë
Gênero: Romance
Ano: 1992
Elenco: Ralph Fiennes, Juliette Binoche, Janet McTeer, Sophie Ward e Simon Shepherd
Duração: 105 min.