O Solista
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Gosto de filmes baseados em histórias reais. Já saem com um ponto de vantagem na minha avaliação. Mas este O Solista, apesar de ser assim, não me encantou.
A obra é baseada na história real do prodígio musical Nathaniel Ayers, que desenvolveu esquizofrenia ao cursar o segundo ano na famosa faculdade de música Juilliard, de Nova York. Ayers vira um sem-teto nas ruas do centro de Los Angeles, onde toca violino e violoncelo. E certo dia conhece o jornalista Steve Lopez, que o “adota”.
Com o ótimo Jamie Foxx e o hoje em moda Roberto Downey Junior, O Solista é um pouco diferente das tradicionais histórias de “talento perdido”. E isso acontece porque o talento tem esquizofrenia, ou seja, é doente.
O filme tinha tudo para virar hit, mas não “engata”. O fim me agradou, pois foge do lugar comum, exatamente por causa da doença do músico. Ah, as imagens extras do DVD, com o real Nathaniel Ayers, são destaque a quem perdeu o filme no cinema. Mas fica longe do Ray, por exemplo, com o mesmo Foxx.
Ah, um detalhe: parece que músicos cegos estão na vida de Foxx, já que no início deste O Solista ele aparececom um boné e abaixo de uma placa com o nome Stevie Wonder.
O Solista / The Soloist
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica
Gênero:Drama
Duração: 117 min.
Direção: Joe Wright
Roteiro: Susannah Grant, baseado em livro de Steve Lopez
Produção: Gary Foster e Russ Krasnoff
Música: Dario Marianelli
Fotografia: Seamus McGarvey
Direção de arte: Greg Berry e Suzan Wexler
Edição: Paul Tothill
Acabei de ver o Solista. Lindíssimo. Bem dirigido, impecável atuação do Foxx e absolutamente real. Na minha vida de trabalho com os doentes mentais este é o filme perfeito. Mostra a essencia dos doentes, do ponto de vista deles, de como nós que nos entendemos por normais tentamos a todo custo fazer com que eles se comportem da maneira que julgamos adequada. Nesse caminho perdemos o respeito pelas pessoas. Por que os doentes têm que se comportar como nós achamos? O Downey Jr. tenta a todo custo enquadrar o Foxx no que ele entende por normal, do modo como ele imagina que o talento do cidadão deve ser utilizado, e mais, segundo os seus conceitos de felicidade. Vale ver para saber o que acontece nessa tentativa do jornalista. Imperdível! E a trilha sonora, fica por conta do Bethoven… não é preciso dizer mais nada
Também gosto de Foxx, vou ver se alugo.