O Último Concerto
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O Último Concerto não é o filme derradeiro de Philip Seymour Hoffman. É “um dos”, já que ele também deixou gravado O Homem Mais Procurado e os finais de Jogos Vorazes antes de morrer em fevereiro de 2014. Mas não há melhor interpretação para que seu legado seja lembrado. Ele está absoluto, domina o longa. Incrível.
A história é sobre um quarteto de música clássica, que, após vinte anos de sucesso, começa a enfrentar problemas. Hoffman é Robert Gelbart, violinista casado com Juliette (Catherine Keener, em sua terceira parceria com Hoffman, após Capote e Sinédoque Nova York), a violista. Na prática ele é subordinado a Daniel Lerner (Mark Ivanir), criador e primeiro violino do grupo. O grupo é completado pelo violoncelista Peter Mitchell (Christopher Walken, ótimo no papel), o mais experiente dos quatro. Já com idade mais avançada, Mitchell passa a ter Parkinson, e vê a carreira terminando. É o início de uma sequência de desgraças para os até então amigos.
É uma típica obra para bons atores. O roteiro de Seth Grossman (Em Busca da Verdade e Efeito Borboleta – Revelação) e do diretor Yaron Zilberman (que estreia no comando de uma ficção) investe nos diálogos. Não há grandes cenas – há grandes debates e discussões.
Aliás, o pecadilho do filme é uma destas discussões, desnecessária, entre Juliette e sua filha. Não encaixa na história.
No fim, fica um filme sem “bandidos”. Há só pontos de vista diferentes.
O Último Concerto / A Late Quartet
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!
Ficha técnica:
Ano: 2014
Gênero: Drama
Elenco: Catherine Keener, Christopher Walken, Philip Seymour Hoffman, Mark Ivanir, Imogen Poots e Wallace Shawn
Duração: 105 min.
Roteiro: Seth Grossman e Yaron Zilberman
Direção: Yaron Zilberman