Olivia de Havilland, de ‘E o Vento Levou’, deixa legado de luta pela profissão
Olivia de Havilland morreu em 26 de julho aos 104 anos. Conhecida pela interpretação de Melanie em “E o Vento Levou”, a atriz também deixou marcas atrás das câmeras. Em 1944 processou a Warner para garantir independências profissional. Sua vitória iniciou mudanças em Hollywood, propiciando mais justiça nas relações entre empresas e estrelas.
Jerad Leto lembrou essa passagem ao homenagear a atriz após sua morte. “Olivia teve um impacto poderoso na minha vida, e eu tive o prazer de passar um tempo com ela em Paris. Eu a agradeci por sua coragem e compartilhei com ela como suas escolhas afetaram a mim e ao meu irmão, nos dando a oportunidade de lutar pela nossa liberdade criativa. Ela era uma mulher de classe. Eu ainda guardo as cartas gentis e inteligentes que ela me escreveu, à mão, em linda tinta azul. Era algo de outra era”.
A personalidade forte e independente de Olivia também marcou seu relacionamento conturbado com a irmã Joan Fontaine. Após provocações em cerimônias do Oscar, deixaram de se falar até a morte de Fontaine, em 2013. Foram longos 38 anos de afastamento.
Por falar em Oscar, Havilland levou dois como Melhor Atriz, pelos filmes Só Resta uma Lágrima e Tarde Demais. Ela também marcou a história do Festival de Cannes ao ser a primeira mulher presidente do júri, em 1965.