Operação Big Hero

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A cultura geek ou nerd já ganhou a simpatia geral. Se nas décadas de 1980 e 1990 ser nerd era vergonhoso (“geek” nem existia), hoje em dia o apreço ao estudo e à ciência, especialmente ligado a ficção ou a super-heróis, é, ainda bem, valorizado. Operação Big Hero chega na segunda década dos anos 2000 para coroar esta tendência. E entrega uma bela animação da Disney, baseada em quadrinhos da Marvel.

A escolha para essa fusão entre a empresas no mundo dos desenhos é o pouco conhecido Big Hero 6, grupo de heróis inspirados no mangá japonês que, no longa-metragem, ganha uma boa americanizada. Dá certo. Dois pontos chamam atenção logo de cara: a fusão entre San Francisco e Tóquio, gerando São Fransókio, e o carisma de um personagem secundário que toma a tela, Baymax.

É em meio a neons e ladeiras muito bem caracterizados que moram os irmãos Tadashi e Hiro Harada, criados pela tia. Os dois são nerds apaixonados por robótica. Tadashi, o mais velho, estuda na mais renomada universidade de tecnologia da cidade. Para tirar o mais novo das confusões de rinhas de robôs, ele leva Hiro para um giro no laboratório em que estuda, apresentando seus amigos.

 
Estão lá Honey Lemon (expert em química), Go Go Tomago (especialista em física), Wassabi (medroso, aficionado por organização e lasers) e Fred (viciado em quadrinhos, mascote da faculdade). É neste momento que conhecemos também Baymax, última invenção de Tadashi, um robô-enfermeiro que reconhece problemas de saúde e faz de tudo para curar as pessoas. Mas este último é, acima de tudo, fofo, física e intelectualmente, de uma pureza cativante.
 
Após um acidente, Hiro (quase um “hero” em inglês) se junta aos estudantes e forma um grupo de heróis, que precisa combater um vilão com máscara kabuki. E Baymax pode ser a arma crucial para a vitória.
 
Há pecados no longa. A história é um tanto óbvia. E as surpresas são raras. Confia-se demais no carisma de Baymax e esquece-se de um roteiro que traga algo diferente do já visto no mundo das animações. Isso não é ruim, mas deixa a sensação de que o desenrolar do filme podia ser melhor. Em um certo momento os super-heróis viram coadjuvantes.
 
Como a Marvel gosta, há uma cena extra beeeeem no fim do filme, estrelada por um ícone dos quadrinhos. É uma das principais surpresas e encaixa perfeitamente com a história Aí, sim, ponto para o roteiro.

 
 
Operação Big Hero / Big Hero 6
 
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
 
Ficha técnica:

Ano: 2014
Duração: 102 min.
Gênero: Animação
Direção: Don Hall e Chris Williams
Roteiro: Don Hall, Jordan Roberts, Duncan Rouleau e Steven T. Seagle
Elenco (vozes): Ryan Potter, Scott Adsit, Génesis Rodríguez, T.J. Miller,
Damon Wayans Junior, Maya Rudolph, Jamie Chung, James Cromwell, Alan Tudyk, Daniel Henney e Stan Lee

Categorias: Animação

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