Operação França

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Adoro os filmes da década de 1970. São os meus preferidos. Os exemplos de ótimas obras são tantos que ficaria aqui escrevendo por boas linhas. Para não chatear, citarei um, o meu preferido: Apocalypse Now. Por causa disso, fui atrás de alguns dos melhores exemplares da época. E encontrei Operação França, vencedor de cinco Oscar em 1972, incluindo Filme, Ator e Diretor. Acreditei, e me decepcionei.

Policial (gênero que adoro), adaptação de romance de Robin Moore, o filme narra a história, baseada em fatos reais, da dupla de detetives Jimmy “Popeye” Doyle (Geene Hackman) e Buddy Russo (Roy Scheider), que, DO NADA, começa a perseguir um russo (tinha de ser, né americanos?) que gasta muito num restaurante. E não é que o russo é o fio condutor de uma mega compra de drogas entre franceses e americanos? Relembrando aquele programa histórico de fatos inusitados, ACREDITE… SE QUISER.

Pode ser que em 1971 o filme tenha sido revolucionário. Mas exatamente 40 anos depois virou uma maçaroca comum, com cenas inexplicáveis, como a da descoberta do russo. E as perseguições do diretor William Friedkin (que dois anos depois dirigiu O Exorcista), chamadas inovadoras à época, são comuns no cinema de hoje – chegam a ser quase amadoras.

O único ponto do filme que gostei foi seu fim, um tanto inusitado até para os padrões atuais. Mas ao pesquisar para escrever este texto descobri que foi desta forma para dar o gancho a Operação França 2. Aí ficou fraco…

Além dos três principais Oscar, levou Montagem e Roteiro Adaptado. Ainda foi indicado em Ator Coadjuvante, Som e Fotografia. No Globo de Ouro levou Filme, Diretor e Ator, perdendo a estatueta em Roteiro.

Quatro curiosidades bacanas: 1 – Eddie Egan e Sonny Grosso, os policiais que na vida real originaram o filme, têm participação relâmpago como supervisores da polícia. 2- O acidente de carro, que ocorre durante a principal cena, da perseguição de Popeye a um suspeito sob os trilhos do metrô, não foi planejado. Por causa de realismo, foi mantido. 3 – Friedkin tornou-se o mais jovem diretor a vencer o Oscar, com 32 anos de idade. Anos depois foi descoberto que na verdade ele nasceu em 1935, não em 1939, como o diretor insistia em afirmar. 4 – Durante as filmagens, Gene Hackman, não mais suportando o perfeccionismo e o autoritarismo de Friedkin, abandonou o “set” para não trocar socos com o diretor.

Que pena que demorei tanto para assistir. Se tivesse visto na infância, em plena década de 1980, talvez conseguiria ter diferente opinião (sei não, duvido). Hoje, certeza, não.

Operação França / The French Connection

CLASSIFICAÇÃO: ESPERA A SESSÃO DA TARDE

Ficha técnica:

Ano: 1971
Duração: 104 min.
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman
Elenco: Gene Hackman, Fernando Rey, Roy Scheider e Tony Lo Bianco
Gênero: Policial

Categorias: Ação

Sobre o Autor

Comentários

  1. Marcelo
    Marcelo 21 setembro, 2011, 07:01

    Na verdade é q o final era aquele mesmo, SPOILERS ele não consegue pegar o cara e ainda mata por engano o policial q não vai com a cara dele. Um final bem anos 70, dark. Sequencias nao eram comuns naquela epoca, à exceção da franquia Bond. Só com Chefão q sequencias se provaram viáveis. Obviamente, o fato de não ter pego o cara permite uma sequencia, mas o fato é q não foi de caso pensado.

  2. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 21 setembro, 2011, 04:13

    Sobre o fim, Marcelo, o que li de já ser uma ligação é a morte do policial que não vai com a cara dele. O cara morre do nada, sem um motivo aparente, e Hackman recarrega a arma. Nao vi o 2, mas parece que aí está o preparo para a seqüência.

  3. Marcelo
    Marcelo 19 setembro, 2011, 18:40

    Vi faz pouco tempo e gostei. Nada muito sensacional, mas interessante. Hackman e Scheider estão excelentes e a perseguição embaixo dos trilhos do metrô de amadoras não tem nada… quanto ao final, a ideia era terminar daquela forma mesmo, não era gancho algum, o 2 só saiu por causa da bilheteria e dos oscars que ganhou… aliás, o 2 eu gostei um pouco mais, porque ali Hackman dá um show à parte numa parada sinistra demais pra que eu conte aqui… mas VEJA!

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