A Pele que Habito

A Pele que Habito

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A Pele que Habito é um filme muito bom, padrão Pedro Almodóvar. Mas não é o melhor filme de todos os tempos. Escrevo isso porque ontem fui assistir com esta esperança, tamanha a quantidade de críticas positivas que li e de comentários favoráveis que ouvi. Talvez este seja o motivo de meu desapontamento ao final da trama: fui com muita sede ao pote.

A metade inicial do longa é arrebatadora. De início sabemos que, desde que perdeu sua esposa, o médico Robert Ledgard ( (Antonio Banderas) se dedica a construir a pele perfeita, capaz de resistir à dor, misturando DNAs de homem e porco. Embora negue, este Doutor Frankenstein latino tenta recriar sua mulher com a ciência de ponta. Mas nem tudo que surge na tela é o que parece.

Vem à história a filha de Ledgard. Ela será a ligação entre o médico e o fim do enigma. Aliás, enigma que perde seu encanto quando é respondido, ainda um tanto longe do fim dos 117 minutos. E fica a sensação que mais uma reviravolta virá… mas não vem.

Quando decidiu adaptar ao cinema o livro Tarantula, do francês Thierry Jonquet, Almodóvar disse que faria um filme de terror sem gritos ou sustos. A Pele que Habito não é terror. É horror.

No final do século 18, a escritora Ann Radcliffe definiu da melhor maneira a diferença entre terror e horror: “este último se faz acompanhar de um sentimento de obscura incerteza em relação ao mal que tanto teme”. É a sensação da dúvida – o que não acontece no terror, sentimento de repulsa a algo assustador.

É assim que ficamos no filme de Amodóvar, com um suspense, à espera do inusitado. Mas, repito, o fim decepciona, já que o desfecho vem cedo e o que aparece depois é comum. É algo que invalida a qualidade da obra. De jeito nenhum! Mas… tem um “mas”.

A Pele que Habito / La Piel que Habito

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica:

Direção: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar, baseado no livro de Thierry Jonquet
Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Blanca Suárez, Jan Cornet e Marisa Paredes
Gênero: Horror
Ano: 2011
Duração: 117 min.

Categorias: Drama

Sobre o Autor

Comentários

  1. Anônimo
    Anônimo 22 março, 2014, 17:43

    Gostei desse filme porque o diretor faz uso muito hábil do clichê de filme B de cientista louco, tipo "O homem cobra" e "A centopeia humana", colocando seus temas favoritos em jogo, como questões de gênero e dilemas e paradoxos morais.

  2. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 8 maio, 2013, 20:07

    Rodrigo, nao dá pra abrir o fim aqui. Mas o cara é pirado.

  3. Rodrigo
    Rodrigo 8 maio, 2013, 04:13

    Afinal, a menina que se joga do hospital era realmente a filha dele ou era um dos jovens rapitado???Eu não consegui entender essa parte

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