Quando Eu Era Vivo

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Filme brasileiro geralmente é um horror, diz a opinião geral do público. Mas este Quando Eu Era Vivo é um tanto diferente. É “sobre” horror. E, seguindo os melhores, e poucos, exemplos nacionais, é uma bela opção.
Nada de comédia, tiroteio, palavrões. Quando Eu Era Vivo (baseado no livro A Arte de Produzir Efeito Sem Causa, de Lourenço Mutarelli, de O Cheiro do Ralo) narra a história de um rapaz desempregado que se abriga da separação conjugal na casa do pai. Ao rever objetos que remetem a sua infância, ele começa a querer reviver o passado. E isso causa grande incômodo ao patriarca.
Marat Descartes interpreta Junior, o protagonista. Antonio Fagundes vive o pai dele. E Sandy, a cantora, interpreta uma moça que vive na mesma casa, pagando aluguel pelo quarto. Ela é, no fundo, a chave para o mistério que se avoluma com o passar dos minutos, já que é a única pessoa sem ligação com o acontecido na família. É com esta personagem que o roteiro decide ser sobre a loucura ou o sobrenatural.
Os atores estão bem, capitaneados por Fagundes. Descartes e Sandy contribuem, mas não brilham.
Mesmo com algumas falhas (não era preciso encaixar uma cantoria de Sandy, sem qualquer motivo!), o longa não perde para as produções hollywoodianas do gênero.
As referências a elementos do horror brasileiro pipocam discretamente na tela, como o boneco Fofão, aquele que, aponta a lenda, tem uma faca assassina em sua barriga.
Só de não andar na mesma toada tradicional da cinematografia brasileira o filme já ganha pontos. Mas vai além, pois tem qualidade.
Quando Eu Era Vivo
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Marco Dutra
Ano: 2014
Elenco: Marat Descartes, Antonio Fagundes, Sandy, Tuna Dwek, Lourenço Mutarelli, Gilda Nomacce, Kiko Bertholini e Helena Albergaria
Gênero: Horror / Terror
Duração: 109 min.
Roteiro: Marco Dutra e Gabriela Amaral Almeida, baseado em livro de Lourenço Mutarelli