Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios
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Nos anos de 1960, na Iugoslávia, um pai de família desaparece. Para o filho pequeno é dito que ele viajou a negócios. Daí o título Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios, já que todo o longa é narrado pelo menino. São os anos em que a Iugoslávia resiste ao dogmatismo Stalinista. E já se sabe que há algo errado nesta viagem.
Premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de Filme Estrangeiro, a produção iuguslava tem mais valor pelo momento que foi filmada do que pela história em si. Em 1985 a Iuguslávia ainda vivia em pleno governo repressor. E o diretor Emir Kusturica demonstra a dureza do regime na tela, mesmo com o deslocamento da história para a disputa com os russos – em 1948 os dois países romperam oficialmente.
O diretor brasileiro Cao Hamburguer evidentemente se inspirou no filme de Kusturica quando fez o seu ótimo O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de 2006. Mas gostei mais do brasileiro do que do original.
Na história iuguslava, há um segundo mérito, além da coragem de Kusturica; o pai não é um completo injustiçado. É, por sinal, um sacana. Mas nem por isso merece a punição que sofre.
Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios / Otac Na Sluzbenom Putu
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Diretor: Emir Kusturica
Elenco: Moreno D’E Bartolli, Miki Manojlovic, Pavle Vujisic, Slobodan Aligrudic, Éva Ras, Aleksandar Dorcev.
Produção: Mirza Pasic
Roteiro: Abdulah Sidran
Fotografia: Vilko Filac
Duração: 136 min.
Ano: 1985
Gênero: Drama