O Sexto Sentido

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Quase todo mundo já viu esse filme, não? Na época do lançamento, em 1999, virou febre e só se falava do inusitado final. Os cinemas ficaram lotados e de imediato virou cult. Mas, mesmo na lista de vistos de quase todos, vou escrever sobre ele por dois motivos:
1 – quando vi, a pessoa ao meu lado descobriu o fim logo de cara. E, com isso, tirou toda a graça. Ou seja, não tive a sensação que todos tiveram com o inesperado desfecho;
2 – mesmo assim achei o filme sensacional. A partir dele virei fã e seguidor de M. Night Shyamalan, o diretor e roteirista indiano, que depois fez De Corpo Fechado, Sinais, A Vila (esse é ótimo, melhor que O Sexto Sentido), A Dama na Água e Fim dos Tempos (esse é péssimo). Antes, fez Praying With Anger (não lançado no Brasil) e Olhos Abertos. Ah, e foi o roteirista de O Pequeno Stuart Little.
Bom… voltando ao filme. Sexto Sentido lançou o estilo Shyamalan, que hoje está um pouco batido, mas que à época era incrível. Depois de um baita suspense há uma reviravolta total, de deixar o espectador desconsertado, já que tudo sempre esteve fácil de pegar, ali à frente. Mais: sempre há uma questão religiosa e de fé envolvida na trama e os personagens (interpretados prioritariamente por estrelas de Holywood, que o diretor repete em algum filme seguinte) são cidadãos comuns vivendo situações extraordinárias.
A história é assim: o psicólogo infantil Malcolm Crowe abraça o caso de Cole Sear, que tem dificuldade em se entrosar com colegas de escola e vive cheio de medo. A frase chave do filme é “i see dead people”, em bom português “eu vejo gente morta”. O psicólogo tenta se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se mata na sua frente.
É melhor parar por aqui com a história. Muita gente voltou ao cinema para ver se havia alguma falha. E não havia. Faturou 660 milhões de dólares no mundo e ficou cinco semanas seguidas como líder de bilheterias nos Estados Unidos, fato que nunca mais aconteceu. Isso me fez pesquisar sobre Shyamalan. Depois de ver A Vila, o cara se tornou meu diretor/roteirista preferido. Caiu muito, é verdade. O último dele, Fim dos Tempos, é um lixo. Mas ainda tem crédito (pra mim, não para os estúdios, que agora duvidam do sucesso de seus roteiros).
O filme teve seis indicações ao Oscar, mas perdeu todas. Concorreu com Beleza Americana, o vencedor de “Melhor Filme”. Além de Bruce Willis, como o psicológo, e Haley Joel Osment, o menino, Toni Colete é a mãe do garoto – depois ela estourou, com, por exemplo, Pequena Miss Sunshine (a mãe da menina). Ah, Shyamalan, como sempre faz, teve uma ponta – um médico chamado Hill. Alí (veja o cartaz do filme, chamado de “suspense número 1 de todos os tempos”) o diretor ganhou imagem de astro, com sua “estréia” (era asssim que pensavam, já que os anteriores dele tiveram quase nenhuma repercussão) sendo comparada a de um gênio – foi chamado pela Nwsweek de “o próximo Steven Spielberg”. Como curiosidade, quem tiver coragem de ir adiante em seu site, entre em http://www.mnightshyamalan.com.br/. Coragem? Tente. Remete a seus filmes (fui até onde pede senha).
Ah, e aqui vai o trailer de seu próximo, O Último Mestre do Ar (até agora), baseado na série de TV americana Avatar: http://www.thelastairbender.com/. Será uma trilogia. E pelo visto não terá a principal “marca” Shyamalan: um fim inusitado. Ou será que vai?
Ficha técnica
O Sexto Sentido / The Sixth Sense
CATEGORIA: PARE TUDO E VÁ VER
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Elenco: Haley Joel Osment, Bruce Willis, Toni Collete, Olivia Willians, Glenn Fitzgerald e M. Night Shyamalan
Gênero: Suspense
Duração: 106 min.
I see dead people.
Ai, esse filme é muito bom!
Mas… Todo mundo vê, não? Vc não vê, Renata?
E eu que fui ver o filme e a menina do meu lado disse: eu também vejo gente morta. E ela não estava brincando.