Rosa e Momo
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Rosa e Momo tem um trunfo: Sophia Loren. O filme que marca o retorno da estrela ao cinema, após 6 anos de um média-metragem, usa a abusa da capacidade da atriz italiana. Pudera: a direção é de Edoardo Ponti, filho de Sophia.
Lançado pela Netflix, o longa adapta o livro “A vida pela frente”, de Romain Gary, e mostra como Rosa, sobrevivente do holocausto, cuida de crianças enquanto suas mães precisam trabalhar. Na litorânea cidade de Bari, é ela o porto-seguro de dois meninos – até que seu médico chega com um terceiro, Momo (Ibrahima Gueye), uma criança senegalesa que vive do tráfico de drogas.
É claro que há um estranhamento inicial entre os dois. Aos poucos, no entanto, Rosa conquista Momo. Ou será que Momo conquista Rosa?
Ambos os personagens têm camadas interessantes, desvendadas ao longo da trama. O drama por vezes apresenta momentos de comédia, especialmente quando aparece Lola (a trans Abril Zamora), o que gera um passar de cenas leve.
Edoardo Ponti peca apenas ao deixar buracos na história. A cena da fuga do hospital é uma delas – fácil demais. E o estranhamento entre Rosa e Momo passa para afeto sem muita explicação.
São pontos que tiram o brilho do filme, que não deixa de ser bom, mas poderia ir além.
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Rosa e Momo / La vita davanti a sé
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Duração: 94 min.
Gênero: Drama
Direção: Edoardo Ponti
Elenco: Sophia Loren, Ibrahima Gueye, Abril Zamora e Renato Carpentieri
Ano: 2020