Soul Kitchen

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Duca

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Fatih Akin é autor de filmes marcantes. Insiste, com talento, em dois temas: a relação entre pessoas e a hostilidade de fundo étnico. Foi assim em Do Outro Lado, no qual uma série de acontecimentos une um punhado de personagens que se desencontram entre a Turquia e a Alemanha. Em seu mais recente, Soul Kitchen, os dois temas estão presentes, mas agora com um toque de humor que dá um sabor único ao enredo.

Zinos é um grego dono de um restaurante que serve comida ruim, mas que agrada a clientela cativa da região do porto. De bom coração, com dívidas e problemas com a namorada – alemã, sem que isso precise ser dito -, ele contrata um cozinheiro tão competente quanto temperamental. E topa ajudar o irmão Illias, um ladrão que, para se manter no regime semi-aberto da cadeia, precisa fingir que trabalha no restaurante.

Soul Kitchen é o nome do restaurante. E toda a história tem sabor único porque é regada a gastronomia. Claro que o restaurante começa a pegar no breu. Golpes de sorte e de azar despencam sobre Zinos, que ainda tem de lidar com um antigo amigo que decide comprar o restaurante de qualquer jeito – um alemão daqueles bem loiros, que quer repassá-lo a outro com jeito de nazista.

Leve, divertido e, obra de Fatih Akin só pode ser assim, marcante, Soul Kitchen é político, mas com uma forma otimista de abordagem. Sua trilha sonora é de primeira, no ponto certo, como as atuações. Tem cenas de riso solto, daquele tipo que a gente nem percebe, mas aparece facilmente.

O alemão de origem turca Fatih Akin, que desta vez colocou seu protagonista como um grego (lembre da briga entre gregos e turcos), acertou em cheio.

Soul Kitchen

Direção: Fatih Akin
Roteiro: Fatih Akin e Adam Bousdoukos
Elenco: Adam Bousdoukos, Moritz Bleibtreu, Birol Unel, Anna Bederke, Pheline Roggan e Lukas Gregorowicz
Duração: 99 min.
Gênero: Comédia