Super-Homem, O Filme

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Hoje o SBT passou um dos memoráveis filmes do fim da década de 70 (só podia ser no SBT!). Já tinha visto inúmeras vezes quando criança. E foi interessante revê-lo. Super-Homem, O Filme narra o início da saga, que depois chegou até o número 4, além do recente Super-Homem, O Retorno, que não é continuação dos outros.
Com atores do calibre de Marlon Brando, que ganhou US$ 8 milhões por 10 minutos de aparição, Gene Hackman e Christofer Reeve, o filme, de 1978, é dos bons. Tá bom, tá bom… não é o maior filme da história, tem erros de continuação, é tosco, tem partes que não se encaixam, mas é legal, é marcante.
Se nos créditos iniciais (com a música que gruda na cabeça – concorreu ao Oscar de melhor trilha sonora) o destaque ficou para Brando e Hackman (o nome de Reeve, ainda iniciando na carreira, aparece depois de alguns minutos), o começo do filme não poderia ser diferente. Só dá Brando! São os tais 10 minutos de sua participação, que, como Jor-El, pai de Kal-El (o futuro Super-Homem), afirma que o planeta Krypton está condenado e envia o bebê para a Terra.
E não é que o bebê já chega aqui com uns 5 ou 6 anos? É que Krypton é muito longe daqui, 6 galáxias ao lado. Anos depois, o menino se transforma em Clark Kent, repórter do Planeta Diário, com superpoderes que escondeu durante anos. E… blá blá blá… o restante todo mundo já sabe.
O que vale é checar alguns detalhes da obra, como a cena do Super-Homem sendo entrevistado por Lois, o reencontro dele com o pai (no gelo) e quando o ajudante do bandido Lex Luthor, Ottis, dá o nome de Ottisville a um Estado americano (que será dominado pelos maus) . Ah, bem no começo aparecem os três bandidos de Krypton que na continuação do filme serão os grandes adversários do Super-Homem. Quem os envia ao exílio é Jor-El (pai do Super-Homem), o que eu não lembrava. Por isso eles vêm se vingar na Terra. Ou seja, os dois filmes iniciais da saga foram pensados em conjunto.
Super-Homem, O Filme recebeu um Oscar especial devido aos efeitos especiais. Hoje são fracos, mas à época eram incríveis. Como quase sempre, o bandido rouba a cena, na pela de Gene Hackman. Lex Luthor é bem engraçado.
Ah, não dá para escrever sobre o filme sem abordar Christofer Reeve, que depois de um acidente ao cavalgar, em 1995, ficou tetraplégico e morreu em 2004 de insuficiência cardíaca. Foi o personagem da vida dele. Quem ainda não leu, procure Ainda Sou Eu. A frase pode ser clichê, mas é verdadeira: aí, sim, é possível saber sobre um real super-homem.
Obs:
1. Achei um texto interessante sobre a tal madição do Super-Homem. Está em http://www.yabu.com.br/blog/2006/08/04/a-maldicao-do-super-homem/
2. O cartaz do filme é beeem legal.
Super-Homem, O Filme / Superman, The Movie
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica
Direção: Richard Donner
Roteiro: Jerry Siegel (personagens), Joe Shuster (personagens), Mario Puzo (argumento e roteiro), David Newman (roteiro), Leslie Newman (roteiro), Robert Benton (roteiro) e Tom Mankiewicz
Gênero: Aventura
Duração: 143 min.
Elenco: Christofer Reeve, Marlon Brando, Gene Hackman, Margot Kidder, Ned Beatty e Jackie Cooper
a intenção realmente era essa, no superman returns tb.
Vc tem total razão. Concordo inteiramente. No sábado discuti exatamente isso. É muito igual à história de Jesus Cristo.
Nao sei se vc reparou. Me parece que a estória do Super Homem – especialmente a forma como ela é mostrada nesse filme – é a estória de Jesus Cristo, adaptada para uma nova geração. O planeta em crise, apenas uma pessoa capaz de salvá-lo, o pai que abre mão do seu filho em uma atitude de amor absoluto pelos habitantes da terra, esse filho que possui super poderes, o símbolo do "S" que nessa primeira edição parece o Sagrado Coração de Jesus.
Juro que não fumei nada, foi numa conversa com a Paty que chegamos à essa conclusão.
Nunca é demais rever Super Homem. Pena que eu perdi!