Telê Santana – Meio Século de Futebol Arte

Telê Santana – Meio Século de Futebol Arte

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Em 21 de abril de 2006 o mundo perdeu Telê Santana, o maior técnico da história do futebol brasileiro (ok, é uma opinião minha… mas o texto também é meu). Telê morreu, mas deixou um legado, deixou saudade em amigos, familiares, boleiros… em admiradores de futebol. Saudade que o filme Telê Santana – Meio Século de Futebol Arte aborda com perspicácia.

Qual treinador no mundo tem ou teve seu nome gritado por uma torcida mais de uma década depois de deixar o time? E depois de treinar um dos seus grandes rivais? E após morrer muitos anos antes? Só um: Telê (pela do São Paulo). Com cerca de 80 depoimentos, o documentário é uma seqüência de relatos sobre passagens do ex-jorgador e treinador, o meio século dele no futebol, destacando sua importância para o futebol brasuca. Mostra como Telê foi inesquecível no Fluminense, onde jogou por 11anos seguidos. Na seleção, lembra a obra, foi o treinador que mesmo depois de uma derrota foi ratificado no comando, chegando à Copa do Mundo seguinte, em 1986. No São Paulo, a volta por cima, jogando a fama de pé-frio para o limbo.

Mas o filme não é uma ode a Telê. Ele foi ranzinza, muitas vezes injusto, errou… foi como qualquer ser humano, como relata o ex-lateral esquerdo do São Paulo Nelsinho, em um depoimento firme, mas de extrema correção.

É na maior polêmica da carreira de Telê que a obra cresce: o então treinador da seleção brasileira cortou Renato Gaúcho da Copa de 1986. Leandro, titular absoluto, decidiu não embarcar no avião em solidariedade ao amigo. Ambos depõem no filme e contam o que houve na noite que chegaram atrasados à concentração e pularam o muro para entrar. Contam quase tudo… Moracy Santana, preparador-físico, completa a história, que só teria um final feliz ános à frente, com Renata indo beijar e pedir desculpa ao treinador em campo (o jogador com a camisa do Fluminense, que o destino quis que Telê sempre tivesse em sua vida).

Ana Carla Portela e Danielle Rosa, as diretoras e produtoras, acertam ao deixar o mais emocionado depoimento para os instantes finais. É de Pintado, volante do São Paulo que nas mãos de Telê passou de um jogador raçudo para “o” jogador raçudo, lembrado até hoje por esta característica. Ele quase não consegue falar.

Claro que o filme poderia ser melhor. O som é sofrível, mas esta é uma característica infelizmente ainda comum aos filmes brasileiros. Falta explicação sobre quem está depondo – algo fácil de solucionar com uma boa geração de caracteres. Falta mais Telê! O treinador aparece pouco, mesmo tendo dado rotineiramente entrevistas. E não era preciso pegar depoimentos de ex-jogadores em vestiários, com tudo quanto é barulho no fundo. Isso tudo demonstra uma falta de cuidado com o produto final, o que não acontece com Soberano, já postado aqui.

Mas Telê vale só por ser Telê. E o filme acerta e apostar em sua história A homenagem é muito válida. Claro que é um filme para são-paulinos, tricolores do Rio de Janeiro e amantes da história do futebol. Mas das três características, tenho duas. Por isso gostei! E sou capaz até de torcer pelo Fluminense no Rio por causa do chamado Mestre.

Telê Santana – Meio Século de Futebol Arte

CLASSIFICAÇÃO: VALE (BEM) O INGRESSO

Ficha técnica:

Ano: 2011
Duração: 70 min.
Direção: Ana Carla Portella e Danielle Rosa
Produção: Ana Carla Portella e Danielle Rosa
Gênero: Documentário

Categorias: Documentário

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente 27 maio, 2011, 19:56

    Nao. Filme de meninas também, mas saopaulinas.

  2. Anônimo
    Anônimo 27 maio, 2011, 19:47

    Filme de menino!

    Marina

  3. Equipe Desligue o Celular
    Equipe Desligue o Celular 20 maio, 2011, 15:58

    Nossa. Quero ver este filme. Sempre fui fã de Telê.

    Ana

  4. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 20 maio, 2011, 13:59

    Rogério, saiu há poucos dias, direto em DVD. Vá atrás, já está disponível nas locadoras.

  5. Rogério
    Rogério 20 maio, 2011, 12:06

    não sabia que ia sair esse filme, mas, após ler esse texto, tenho certeza de que vou assistir!

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