Um Homem Sério
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Esses irmão Coen – Joel e Ethan – são uma incógnita. Cada vez mais tenho dúvidas sobre seus filmes. Gosto das obras – algumas muito boas -, mas na maioria dos casos sinto que falta algo. Assim é Um Homem Sério.
O filme é legal, tem um bom roteiro, agrada… mas falta aquele ponto que te comove, que entusiasma. Sem um elenco famoso, concorreu a dois Oscar neste ano, de melhor filme e melhor roteiro original. É uma comédia, que até faz rir, mas realmente é “até” faz rir.
A história é simples. Um professor de física – Larry Gopnik – começa a passar por uma enxurrada de desgraças. A mulher o trai com um tonto, o irmão é investigado pela polícia, os filhos não o obedecem… e por aí vai. A coisa só piora e ele começa a se perguntar: o que eu fiz para merecer isso?
Judeu, ele procura ajuda de rabinos – o filme até é dividido em primeiro, segundo e terceiro rabinos. Ele segue os conselhos, mas nada de melhorar de vida.
Bem, no fim essa é a mensagem. O cara é um homem sério (honrando o bom nome do filme), tem uma vida rotineira, nada de mal (nem de bom) faz para os outros. Mas a cada dia aparece uma desgraça.
Depois de O Grande Lebowski, de 1999, nunca mais adorei um filme dos Coen. Onde os Fracos Não Têm Vez é bom, e só. Matadores de Velhinhas é meia boca. Queime Depois de Ler é pior. Talvez seja o momento que eu assisti cada filme. Mas já estou receoso de assistir aos próximos deles, bem na dúvida se “até vale o ingresso” ou se é melhorar “esperar a sessão da tarde”.
Um Homem Sério / A Serious Man
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica
Diretor: Joel Coen e Ethan Coen
Elenco: Michael Stuhlbarg, Sari Lennick, Richard Kind, Fred Melamed, Aaron Wolff, Jessica McManus, Adam Arkin, Simon Helberg, Adam Arkin, George Wyner e Katherine Borowitz
Gênero: comédia
Produção: Joel Coen e Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen e Ethan Coen
Fotografia: Roger Deakins
Trilha sonora: Carter Burwell
Duração: 105 min.
Eu achei esse interessante, por mostrar a dissecação de uma pessoa em contraste com uma busca espiritual. O prólogo mostra que os Coen não esqueceram as origens e deveriam urgentemente fazer um filme de terror.