Uma Mulher Contra Hitler

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Rosa Branca. Guarde este nome, dado pelo alemão Hans Scholl a um grupo de amigos durante a 2ª Guerra Mundial. Quando criança, Scholl tinha um ídolo incomum para crianças de sua idade. Não se tratava do pai, da mãe, de um jogador de futebol ou de um personagem de desenho animado. Era Adolf Hitler. Scholl cresceu em meio a promessas de retomada da grandeza da Alemanha, dilacerada na 1ª Guerra Mundial, e não teve dúvida ao tornar-se sócio da Juventude Hitlerista. Morreu aos 24 anos, decapitado na guilhotina da cadeia de Stadelheim. Seu crime: abandonar a ilusão nazista e criticar seu antigo ídolo. Ele, sua irmã, Sophie, e seu amigo Christoph Probst. É ela, Sophie, que dá nome ao belo filme Uma Mulher Contra Hitler.

Entre a infância e a morte, Scholl ousou. Rebelou-se contra o mais facínora criminoso do século 20 (pelo menos), dentro de sua “casa”, na própria Alemanha. Ajudado pelo amigo Probst, 22 anos, também estudante de Medicina, e por Sophie (estudante de Biologia), de 21, a única mulher no “time”, iniciou um forte processo de distribuição de folhetos contra Hitler, na cidade de Munique, pedindo um levante popular contra o tirano.

O título do primeiro texto, “Rosa Branca”, deu origem ao nome do grupo. O impacto foi enorme: as cópias se espalharam e chegaram a outras cidades. Mais mensagens foram produzidas. Estudantes de outras universidades passaram a distribuir os papéis. E logo os textos foram seguidos de pichações nos muros de Munique: “Fora Hitler” e “Liberdade!”, por exemplo. A Gestapo, em desespero, caçou o grupo, mas a tão temida polícia de Hitler não farejou pistas, apesar de lidar com uma improvisada facção estudantil.

Entre julho de 1942 e janeiro de 1943 os folhetos sumiram. Scholl e amigos foram convocados pelo Exército. As atrocidades nos campos de batalha e nos centros de extermínio reforçaram ainda mais a convicção do grupo. No retorno a Munique, os panfletos tinham um novo título – no lugar do pacato “Rosa Branca”, o desafiador “Movimento de Resistência na Alemanha”. Essa resistência, entretanto, durou pouco: em 18 de fevereiro, um descuido de Sophie, após uma operação arriscada defendida pelo irmão, encerrou o sonho. Os irmãos Scholl e o amigo Probst foram presos e, em 5 dias, “julgados” e decapitados.

Alemão, o filme, que concorreu ao Oscar de Melhor Estrangeiro em 2006, começa exatamente na captura dos irmãos. E acompanha os cinco dias de prisão da dupla, com a chegada de Probst no fim do “prazo”, até a navalha cortar os pescoços. Pode não ser um primor de produção, e até mesmo lento em certos momentos, mas com essa história é obrigatório ser assistido. É a história que nos faz guardar a lembrança da existência de uma rosa branca em meio ao jardim cheio de espinhos do nazismo.

Hans e Sophie ainda se despediram dos pais na cadeia. Não choraram: seguraram as lágrimas até que o pai e a mãe saíssem. Probst não recebeu visitas, pois sua esposa, que acabara de dar à luz o terceiro filho, estava doente em um hospital. Na hora da execução, nenhum demonstrou arrependimento. Sophie foi a primeira. Christoph, o segundo. Hans Scholl, o último, ofereceu o pescoço ao carrasco e, antes que a lâmina caísse, proclamou: “Vida longa à liberdade”.

Uma Mulher Contra Hitler / Sophie Scholl – Die Letzten Tage

CLASSIFICAÇÃO: VALE (BEM) O INGRESSO

Ficha técnica:

Duração: 114 min.
Gênero: Drama
Direção: Marc Rothemund
Ano: 2005
Roteiro: Fred Breinersdorfer
Elenco: Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Gerald Alexander Held e Johanna Gastdorf

Categorias: Drama

Sobre o Autor

Comentários

  1. Angélica Vilela
    Angélica Vilela 11 junho, 2011, 20:05

    Um filme bom com uma história excelente. Só o fato de sabermos que foi verídica já vale a pena ser visto.

  2. Renata Rogatto
    Renata Rogatto 10 junho, 2011, 14:18

    Adoro filme de guerra. vou ver!

  3. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 9 junho, 2011, 23:55

    Coloque, Marina. É bacana.

  4. Anônimo
    Anônimo 9 junho, 2011, 21:34

    Muito interessante! vou por na lista!

    Ma

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