Quando fui assistir a Wonka, prequel de A Fantástica Fábrica de Chocolates que conta sobre a juventude de Willy Wonka, fiquei na dúvida se havia entrado em uma furada. Cheio de crianças na sala de cinema, pensei que viria uma versão dublada.

Não veio (ufa!). Durante a exibição, as crianças reclamavam, claro. Uma ao redor de seus cinco anos de idade disse ao pai: “estou com medo”. Minutos depois, ambos saíram da sala. Ao meu lado, duas meninas adolescentes não paravam de comentar, muito mais animadas com o protagonista Timothée Chalamet do que com a história.

Pudera, já se vão 52 anos do primeiro filme – e 18 anos da refilmagem com Johnny Depp.

Wonka realmente não é um filme para crianças, mas não deixa de ter um ar infantil. É sobre amizade, lealdade, com uma magia que desafia a realidade chata.

Willy é, neste filme, um rapaz ambicioso ciente de seu poder de transformar chocolate em um bem para a vida das pessoas. Com o chocolate, elas passam a sonhar, a serem alegres, a viver melhor. Os três vilões são caricatos mestres-chocolateiros que dominam a Galeria Gourmet e, assim, o mundo do chocolate.

Chalamet está excelente na interpretação. E sua “fiel escudeira” Calah Lane, a órfã Noodle, é uma atração inesperada que faz da dupla algo cativante. Junto deles está uma turma obrigada a trabalhar forçadamente para a personagem de Olivia Colman, a Senhora Scrubbit.

Ainda tem Sally Hawkins, Rowan Atkinson e Hugh Grant, incrível como o primeiro Oompa Lumpa que Willy Wonka conhece. Ah, e Jim Carter (conhecido pelo papel de Senhor Carson na série Downton Abbey) , como o contador mantido em cativeiro pela Senhora Scrubbit.

Para honrar o filme original, Wonka vem no formato musical, difícil de engolir. Mesmo assim é uma ótima opção.

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Wonka

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica:

Direção: Paul King

Roteiro: Paul King, Simon Farnaby e Simon Rich

Ano: 2023

Duração: 116 min.

Gênero: Fantasia

Elenco: Timothée Chalamet, Calah Lane, Sally Hawkins, Tom Davis, Rowan Atkinson, Keegan-Michael Key, Jim Carter e Hugh Grant