Fantasmas de Sugar Land
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O Estado Islâmico, aquele grupo que tanto terror trouxe anos atrás, e ainda está vivo, parece afastado da realidade de muita gente. Fantasmas de Sugar Land mostra que não. E conta como uma pessoa de nosso cotidiano, com o mundo hoje conectado em poucos cliques, pode se tornar um membro da facção.
Crescido na pequena cidade Sugar Land, no Estados Unidos, Mark (nome falso dado ao personagem explorado no documentário) nunca esteve totalmente à vontade na sociedade. Um dos poucos negros da cidade, ele sempre se sentiu excluído, descobrindo na religião muçulmana um apoio.
Com o tempo, no entanto, a admiração transformou-se em extremismo. Sem que seus amigos se dessem conta da mudança. Até que ele resolve ir para a Síria.
A história real se passa em 2015. Premiado como melhor filme de não-ficção no Festival de Sundance em 2019, o documentário é todo baseado nos depoimentos de amigos, que têm os rostos cobertos por máscaras. Entrevistados pelo diretor paquistanês Bassam Tariq, eles tentam, ao longo dos 20 minutos, entender a sombria virada de Mark.
De onde tira sua força, o filme tem sua fraqueza. São depoimentos atrás de depoimentos e pouco se avança sobre a história. Afinal, não é por se sentir excluída que uma pessoa vira terrorista. Falta essa explicação a mais. E o próprio Mark não é ouvido.
Ao final, o nome verdadeiro dele é exposto, indicando algo ocorrido: Warren Christopher Clark.
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Fantasmas de Sugar Land / The Ghosts of Sugar Land
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Bassam Tariq
Ano: 2019
Duração: 20 min.
Gênero: Documentário
Roteiro: Bassam Tariq e Thomas Niles