Moonlight – Sob a Luz do Luar
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O mais polêmico filme do ano, especialmente depois da trapalhada no Oscar (em que o troféu de melhor filme foi entregue primeiro para La La Land, com a correção posterior), Moonlight tem adoradores e odiadores. É um filme diferente, isso não se pode negar. Mas eu estou com os que gostaram… bastante.
Escrito e dirigido por Barry Jenkins, a partir de uma ideia de uma peça, o filme é o que, em cinema, se chama de um estudo de personagem. Apelidado de “Little” (pequeno), Chiron tem seu crescimento acompanhado pelas câmeras. Logo na primeira cena ele é “caçado” pelos colegas, que querem agredi-lo e o chamam de bicha (“faggie”).
Aos dez anos, nem ele sabe se é homossexual. E o xingamento parece banal, “coisa de criança”. Ao acompanhar o crescimento de Chiron, percebe-se que aquilo era bullying, que não para.
Se de início parece um filme de gueto, de superação por causa da raça, Moonlight mostra-se com o passar dos minutos que é mais uma obra de comportamento. A trilha sonora acompanha esse efeito “camaleônico”: tem de música clássica a Caetano Veloso. É muito oportuno acompanhar (e refletir sobre) todo o preconceito em um ambiente essencialmente masculino.
Merecia ganhar o Oscar de melhor filme? Não. Mahershala Ali, que interpreta um traficante que praticamente adota o pequeno Chiron, também não: sua participação é comum (ele vai muito melhor na série House of Cards). Mas nem por isso o filme deixa de ser muito bom.
Moonlight – Sob a Luz do Luar / Moonlight
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2017
Direção: Barry Jenkins
Elenco: Alex R. Hibbert, Ashton Sanders, Trevante Rhodes, Mahershala Ali, Janelle Monáe, Naomie Harris e Andre Holland
Gênero: Drama
Duração: 111 min.
