O Lobisomem

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Olha, se um dia eu tiver a oportunidade de falar com Anthony Hopkins, vou perguntar a ele se não ficou com vergonha de ter feito este filme. O cara que era o Hannibal de repente estrela uma obra que está mais para filme B do que para Hollywood.

Claro que tem mil efeitos especiais e tudo o mais, porém não me empolgou. Não assisti ao original de 1941, acredito que, para a época, a obra deveria ser interessante. Esta achei mais do mesmo.

A lenda é conhecida de todos: um homem que nas noites de lua cheia se transforma em lobisomem e sai arrancando entranhas e decepando cabeças por aí. Aqui o intuito era mostrar como este lobisomem “nasceu”, o que houve com ele. Lawrence Talbot (Benicio del Toro) volta à sua cidade natal na Inglaterra após a misteriosa morte do irmão, atacado por um animal. Talbot vai atrás dos indícios e descobre que seu pai, John (Anthony Hopkins), é o lobisomem. E o pai o morde! Aí ele vira lobisomem também! E passa a ser perseguido pelas pessoas do vilarejo e pela polícia. No entanto, a noiva do irmão falecido, Gwen (Emily Blunt), tenta ajudá-lo.

Achei bizarro. A explicação de John sobre o que motivou a matar o filho é boba; sobre a morte da mãe dos garotos também foi esquisita, assim como sobre como John se conteve por 25 anos e de repente sai matando todo mundo. Fora que os dois lobisomens não metem medo em ninguém, a ideia de um ser desse é mais assustadora do que o ser em si. Estava mais para X-Men do que para um monstro. Talvez adolescentes gostem. Eu não.

Atuação de Del Toro é fraca, ele tem essa constante cara de bêbado safado. Emily Blunt é a mais razoável. O filme levou o Oscar 2011 de melhor maquiagem. E só.

CLASSIFICAÇÃO: NÃO VALE O INGRESSO

Ficha técnica
Título original: (The Wolfman)

Lançamento: 2010 (Reino Unido, EUA)

Direção: Joe Johnston

Atores: Benicio Del Toro, Emily Blunt, Anthony Hopkins, Cristina Contes.

Duração: 125 min

Gênero: Suspense