Patton – Rebelde ou Herói?

Patton – Rebelde ou Herói?

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Sete Oscar vencidos. Mais três indicações, sem o troféu. Um dos maiores ganhadores de prêmios da história do cinema. Fui atrás e percebi que é obrigatório ser visto, não apenas pelo reconhecimento da crítica, mas também pela qualidade. “Patton – Rebelde ou Herói?” começa com chave de ouro a década de 1970 no cinema, a minha preferida.

Focada nas peripécias do general norte-americano George Smith Patton Junior, o filme é uma obra de arte. Seu início inusitado é arrebatador, com uma enorme bandeira dos Estados Unidos de fundo e o general discursando para possivelmente um batalhão do exército. “Possivelmente” porque não se vê as pessoas. Ele fala para a câmera.

Na verdade, este discurso foi dito por Patton um dia antes do Dia D, mas no filme não há a indicação de data. Como é no começo, imagina-se que foi bem antes, na África, não na Europa. Diz o general: “Gostaria de lembrar que nenhum bastardo venceu uma guerra morrendo pelo seu país. Ele venceu fazendo o inimigo bastardo morrer pelo país dele”. E por aí vai…

Logo em seguida o filme passa para Patton assumindo o comando da tropas americanas no norte da África. E daí para frente o que vemos é um homem disciplinador, inteligente, culto e estudioso. Mas também vaidoso e insubordinado, duas características que o levam a uma derrocada nas Forças Armadas.

Patton era historiador militar e poeta, que acreditava ter sido guerreiro em vidas passadas. Queria se equiparar aos grandes guerreiros de todos os tempos. Considerava-se um predestinado a algo grandioso. Armava suas batalhas sabendo o que aconteceria, mediante os resultados de confrontos passados.

O protagonista da obra é George C. Scott. Isso, sim, é interpretação. Como em Doutor Fantástico, ele arrasa. Não à toa, ganhou o Oscar. Mas recuou-se a recebê-lo (o primeiro, mas não o último, já que Marlon Branco fez o mesmo em 1973 – O Poderoso Chefão). Ficou em casa assistindo a um jogo de hóquei no gelo. Anos antes havia dito que o processo da Academia de Artes e Ciências era forçar os atores a se tornarem estrelas e que a cerimônia era um “mercado de carne”. Morreu em 1999, aos 71 anos.

Além de Melhor Ator, Patton venceu o Oscar de 1971 em Direção de Arte, Diretor, Montagem, Filme, Som e Roteiro Original (o primeiro de um tal de Francis Ford Coppola, que ratificaria sua genialidade em filmes de guerra com o estupendo Apocalypse Now – sem contar os O Poderoso Chefão 1, 2 e 3 e A Conversação, fora do tema). Concorreu em Fotografia, Efeitos Visuais e Trilha Sonora.

São 168 minutos, o que pode assustar. Mas filme longo também pode ser ótimo.

Patton – Rebelde ou Herói? / Patton

CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!

Ficha técnica:

Ano: 1970
Direção: Franklin J. Schaffner
Elenco: George C. Scott, Karl Malden, Michael Bates e Ed Binns
Duração: 168 min.
Gênero: Guerra
Roteiro: Francis Ford Coppola e Edmund H. North, baseado em livros de Ladislas Farago e Omar N. Bradley

Categorias: Guerra

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 27 abril, 2017, 19:04

    É ótimo mesmo.

  2. Anônimo
    Anônimo 25 abril, 2017, 00:06

    Filme de mais! Surpreendente….

  3. Marcelo
    Marcelo 8 julho, 2011, 04:58

    Filme épico, com uma composição de quadro maravilhosa, é quase uma pintura o que vemos na tela.

  4. Angélica Vilela
    Angélica Vilela 2 julho, 2011, 03:28

    Este filme é cheio de surpresas. Já tinha gostei muito e agora, conhecendo a história mais a fundo, gosto mais ainda.

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