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DISPONÍVEL NA NETFLIX
Goste-se ou não dele, é incontestável que Pelé é uma estrela mundial, não apenas no futebol. Muitos filmes já foram feitos sobre o astro. Aos 80 anos de idade, é difícil encontrar um ângulo inédito para analisar sua saga. Este Pelé, que chega à Netflix, traz algumas novidades. Poucas, bem poucas.
Dirigido pelo britânico David Tryhorn, que trabalha ao lado de Ben Nicholas, e com entrevista do protagonista, o documentário perpassa a carreira de Pelé direcionado por suas participações em Copas do Mundo. Um dos pontos novos é citar a ditadura no Brasil a partir de 1964 como contraponto à ascensão do jogador de futebol. Entretanto, nada aprofundado.
O jogador Paulo César Caju é quem mais assertivamente toca no assunto, deixando clara sua crítica ao Rei do Futebol por não ter se posicionado contra o período militar no país. O jornalista Juca Kfouri traz uma boa comparação com o boxeador Mohamed Ali. E fim. Quase nada mais é explorado sobre esse ponto.
Outro destaque é o relato sobre a briga entre Pelé e o então treinador da seleção brasileira em 1969, João Saldanha, que inventou que o boleiro estava praticamente cego, desenganado para o futebol.
A vida pessoal de Pelé não tem destaque: mostra-se apenas seu primeiro casamento. E sua ida ao Cosmos, de Nova York, fica no pós-imagens.
Quem curte esporte já deve conhecer o restante mostrado no filme. Não que seja ruim, mas é igual. Uma boa história a ser contada, sem dúvida.
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Pelé
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Ben Nicholas e David Tryhorn
Ano: 2021
Duração: 108 min.
Gênero: Documentário